quinta-feira, 30 de setembro de 2010

ACENTUAÇÃO GRAFICA


NOVA   ACENTUAÇÃO   GRÁFICA

1ª regra
Coloca-se acento em todas as palavras proparoxítonas:
   médico, árabe, lâmpada, público, pântano, pagaríamos, fôlego, árabe.

2ª regra
Coloca-se acento nas palavras paroxítonas terminadas em: L, N, R, X, ditongo crescente (oral ou nasal), I(s), U(s), UM, UNS, ON, ONS, PS, Ã(s).
     túnel, hífen,  zíper, tórax, órgão, série, táxi, jiu-jítsu, bônus, álbuns, próton, elétrons, bíceps, órfã
Prefixos que tenham as terminações acima, não devem ser acentuados:
     super, semi, inter, arqui, hiper, anti...
 
3ª regra
Coloca-se acento nas palavras oxítonas terminadas em O(s), E(s), A(s), ÉI(s), ÉU(s), ÓI(s) e nas terminadas por EM, ENS, com mais de uma sílaba.
      jacaré, guaraná, três, propôs, você, armazém, parabéns, harém, herói, chapéu, réu, véu, anéis, lençóis, anéis, coronéis, céu, anzóis.
Os ditongos éi e ói em sílabas não finais não são acentuados:
   ideia, jiboia, heroico, sequoia, paranoia, joia, assembleia, epopeico, hileia, apoia, celuloide, boia, destroier, tipoia, estoico, esferoide, ureia, claraboia, hebreia...

4ª regra
Coloca-se acento no I (s) e no U (s) quando forem tônicos e estiverem antecedidos de vogal diferente e formarem sílaba, sozinho ou com s, e não forem seguidos de NH:
   baú, Guaíba, traíste, balaústre, Luís, Luísa, reúne, saída, bainha, tainha, rainha, unha
Quando I(s) e U(s) estiverem antecedidos de ditongo, não devem ser acentuados, exceto se estiverem no final da palavra:
  baiuca, Bocaiuva, Sauipe, feiura, reiuno, cauila, boiuno...
  Piauí, teiú, teiús, sucuruiú...
5ª regra
Coloca-se acento nas formas verbais da terceira pessoa plural do presente do indicativo dos verbos TER e VIR
      (eles) têm             (eles) vêm.

Em verbos derivados de ter e vir, coloca-se acento agudo na terceira pessoa do singular, e acento circunflexo na terceira pessoa do plural, do presente do indicativo: ele detém/eles detêm, ele abstém/ eles abstêm, ele contém/eles contêm, ele provém/eles provêm, ele convém/ eles convêm, ele advém/eles advêm ...       

6ª regra
Trema deve ser utilizado apenas em nomes estrangeiros e em seus derivados:
         Müller, mülleriano, Hübner, hübneriano, Bünchen, Würther...

7ª regra
Coloca-se acento diferencial apenas nas seguintes palavras:
  pôr (verbo)             para diferenciar de     por (preposição)
  pôde (verbo,pret.)   para diferenciar de     pode (verbo, pres.)

São facultativos os acentos diferenciais em:
a) fôrma (substantivo) para diferenciar de forma (substantivo ou verbo);


b) dêmos (primeira pessoa singular do presente do subjuntivo) para diferenciar de demos (primeira pessoa plural do pretérito perfeito do indicativo);





   REGRAS  DE  ACENTUAÇÃO  GRÁFICA  ANTIGAS

1ª regra
Coloca-se acento em todas as palavras proparoxítonas.
   médico, árabe, lâmpada, público, pântano, ótimo, pagaríamos, fôlego

    2ª regra
Coloca-se acento nas palavras paroxítonas terminadas em: L, N, R, X, ditongo(oral ou nasal), I(s), U(s), Um, UNS, ON, ONS, PS, Ã.
   túnel, hífen,  zíper, tórax, órgão, série, táxi, jiu-jítsu, bônus, médium, álbuns, próton, létrons, bíceps, órfã...

3ª regra
Coloca-se acento no I(s) e no U(s) quando formarem hiatos com a vogal anterior e que seja diferente dele e não forem seguidos de NH.
   baú, Guaíba, traíste, balaústre, Luís, Luísa, feiúra, baiúca,traíra, rainha,

     4ª regra
Coloca-se acento nas palavras oxítonas terminadas em O(s), E(s), A(s) e nas terminadas por EM, ENS com mais de uma sílaba.
   jacaré, guaraná, três, propôs, você, armazém, parabéns, harém

5ª regra
Coloca-se acento nos ditongos abertos ÉI, ÉU, ÓI, tônicos natos.
   idéia, jibóia, herói, chapéu, réu, véu, heróico, paranóia, lençóis, sequóia

6ª regra
Coloca-se acento nas terminações -ÔO, -ÊEM.
   aperfeiçôo, atraiçôo, entôo, rebôo, remôo, ressôo, ensabôo, lêem, dêem, vêem, crêem, antevêem, descrêem, prevêem, relêem

7ª regra
Quando o "U" for pronunciado nos grupos GUE, GUI, QUE, QUI, leva acento agudo se for tônico e trema se for átono.
   enxágüe, freqüente, freqüência, eqüidade, argúi, argúis, argúem, obliqúe, averigúe, averigúes, averigúem, obliqúes, obliqúem, apazigúe, apazigúes

8ª regra
Coloca-se acento nas formas verbais da terceira pessoa plural do presente do indicativo dos verbos TER e VIR
(eles) TÊM        (eles) VÊM

9ª regra
Coloca-se acento diferencial nas seguintes palavras:
         pára (verbo)                   -        para (preposição)
         pôr (verbo)                     -        por (preposição)
         pólo(s) (subst.)               -        polo (contração de por + o)
         póla(s) (subst.)               -        pola (contração de por + a)
         pôlo(s) (subst.)               -        polo (contração de por + o)
         pôla(s) (subst.)               -        pola (contração de por + a)
         côa(s) (verbo)                -        coa (contração de com + a)
         pélo (verbo)                   -        pelo (contração de per + o)
         pélas (verbo)                  -        pelas (contração de per + as)
         péla (verbo)                   -        pela (contração de per + a)
         pêlo(s) (subst.)               -        pelo (contração de per + o)
         péra(s) (subst.)               -        pera (preposição arcaica)
         pêra (subst.)                   -        pera (preposição arcaica)
         pêro (subst.)                  -        pero (conjunção arcaica)
         pôde (verbo, pret.)         -        pode (verbo, pres.)



quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ESTE / ESSE / AQUELE

Usa-se ESTE:

1) quando se faz referência a algo que está perto do falante.
• Este livro que estou lendo é agradável.

2) quando se faz referência ao lugar onde se encontra o falante:
• Esta sala é muito escura.

3) quando se faz referência a algo que está em nós:
• Este coração não vai agüentar tamanha emoção.

4) quando se faz referência a um momento presente ou que ainda não passou:
• Este ano está sendo ótimo para todos nós.

5) quando se faz referência a algo que se vai anunciar:
• Presta atenção neste aviso: aqui não se deve fumar!

6) quando se faz referência àquilo de que estamos tratando:
• Tudo isto que estou dizendo já é do conhecimento de vocês.

7) quando se faz referência a tempo futuro, porém próximo:
• A equipe estará de volta esta semana.

8) no início de uma oração sem substantivo (pode ser trocado por isto):
• Este é o nosso maior problema, amigos!



• USA-SE ESSE:

1) quando se faz referência a algo que está longe do falante mas próximo do ouvinte:
• Foi com essa camisa que estás vestindo que saíste ontem?

2) quando se faz referência ao lugar em que o ouvinte está ou àquilo que o cerca fisicamente:
• Esse apartamento é muito quente.

3) quando se faz referência a algo que está na outra pessoa:
• Esse coração de pedra não se importa com nada mesmo.

4) quando se faz referência a um tempo futuro, porém distante ou a algo de que queremos distância:
• Você ainda vai se lembrar de mim. Esse dia será triste demais para você.

5) quando se faz referência a algo que foi mencionado por outra pessoa:
• O que você quis dizer com isso?

6) quando se faz referência a um tempo passado, mas ainda próximo:
• Essa noite, sonhei com você.

7) quando se faz referência a um tempo passado já distante:
• Aí, então, ele disse que me amava: nunca mais essa noite me saiu da lembrança.

8) quando se faz referência ao que já se mencionou:
• Aqui não se deve fumar. Esse aviso deve ser obedecido por todos.

9) para dar ênfase ou destaque a algo já mencionado.
• Todos os escoteiros estavam felizes, mas Renata, essa era pura tristeza.



 • USA-SE AQUELE:

1) quando se faz referência a algo que está distante do falante e do ouvinte.
• Aquele morro é onde acamparemos amanhã.

2) quando se faz referência a um tempo passado ou futuro, remoto ou longínquo.
• Oito anos atrás fomos a Salvador. Aquelas foram nossas melhores férias.




OBSERVAÇÃO:
Tudo o que foi dito para ESTE/ESSE/AQUELE vale para ESTA/ESSA/AQUELA, ISTO/ISSO/AQUILO




domingo, 26 de setembro de 2010

METODOLOGIA CIENTÍFICA

METODOLOGIA CIENTÍFICA: NORMAS TÉCNICAS


INTRODUÇÃO
A ciência desenvolveu, em todas as áreas do conhecimento, uma configuração própria cuja compreensão passou a exigir níveis de formação acadêmica cada vez mais elevados. Apesar de trabalharem de maneiras diferentes, cientistas e acadêmicos realizam pesquisas que buscam o aperfeiçoamento do conhecimento.
Os resultados dessas pesquisas são trazidos através do Método Científico e apresentados mediante NORMAS que são preestabelecidas intrínseca e extrinsecamente.
Os projetos monográficos, dissertações, teses e artigos vêm cumprindo seu papel didático-pedagógico uma vez que oportunizam aos acadêmicos sua entrada no vasto mundo das ciências, conquistando progressivamente os métodos e técnicas necessários para desenvolvê-las.
Também não se pode negar que, ultimamente, esses trabalhos vêm assumindo papel cada vez mais importante na avaliação da relação ensino-aprendizagem.
Existe grande dificuldade, porém, na elaboração e, principalmente, na FORMATAÇÃO do Trabalho Científico, por parte dos alunos, e no planejamento e execução, por parte de alguns professores. Muitas vezes, a bibliografia utilizada encontra-se defasada, ultrapassada, desatualizada, ou apresenta graves lacunas, tanto com relação à elaboração em si, como também na própria FORMATAÇÃO do Trabalho Científico.
É necessário, por conseguinte, o estudo e o acompanhamento das mudanças que ocorrem nas NORMAS TÉCNICAS oficiais, já que elas têm sofrido atualizações nos últimos anos.


Tendo em vista essa situação, propõe-se a realização de palestras e/ou cursos sobre: “NORMAS TÉCNICAS PARA O TRABALHO CIENTÍFICO”.

OBJETIVOS
• Mostrar aos acadêmicos das mais diversas áreas, e aos interessados de outros campos de atuação, os diversos aspectos das Normas Técnicas exigidas para a formatação de Trabalhos Acadêmicos e Científicos;
• Tornar mais viáveis as Normas Técnicas, explicitando-as;
• Desmistificar as Normas Técnicas;
• Incentivar a pesquisa nas suas mais diversas áreas.

JUSTIFICATIVA
Os cursos de graduação, na maioria das Instituições, possuem a disciplina de Metodologia Científica (ou similar) em sua grade curricular. Algumas vezes, essa disciplina ocorre no início do curso; outras, durante o seu desenvolvimento. Essa disciplina tenta suprir a completa ausência de conhecimento técnico dos acadêmicos que chegam às faculdades sem saber elaborar ou formatar trabalhos dentro dos padrões exigidos pelas normas oficiais brasileiras, ou sejam, as normas emanadas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

METODOLOGIA
Desenvolvimento de Palestras, com duração aproximada de 90 minutos, e/ou Cursos, com duração mínima de 10 horas/aula, cujos conteúdos podem ser escolhidos dentre as opções oferecidas.
OPÇÕES E CONTEÚDOS

Palestra 1 - FORMATAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO
Conteúdos:
• Explicitação das Normas da ABNT;
• Folhas, digitação, margens, espaços, paginação;
• Estrutura do Trabalho Científico: capa, folha de rosto, resumos, sumário, citações, referências...

Palestra 2 - FORMATAÇÃO DO RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO
Conteúdos:
• Explicitação das Normas da ABNT;
• Configuração técnica do relatório;
• Paginação, Capa, Folha de rosto;
• Introdução, Desenvolvimento, Conclusão;
• Anexos, Referências...

Palestra 3- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS – NBR 6023
Conteúdos:
• Explicitação de Norma da ABNT NBr 6023 em todos os seus detalhes, incluindo Referências a material recolhido na Internet.

Curso 1 - FORMATAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO
Conteúdos:
+ Estrutura do Trabalho Científico:
o Elementos pré-textuais: capa, lombada, folha de rosto, ficha catalográfica, folha de aprovação, dedicatória, agradecimentos, epígrafe, resumos, listas, sumário;
o Elementos textuais: Introdução, seções e alíneas, citações, notas de rodapé, ilustrações, tabelas;
o Elementos pós-textuais: glossário, anexos e apêndices, referências.

Curso 2 - FORMATAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
Conteúdos:
 Redação do Texto:
• elementos pré-textuais: capa, lombada, ficha catalográfica, folha de rosto, listas, sumário;
• elementos textuais: introdução, desenvolvimento,
• elementos pós-textuais: referências, glossário, anexos e apêndices.
 Noções de Língua Portuguesa, estilo, paragrafação,
 Configuração do texto: folhas, digitação, margens, espaços, paginação...

Curso 3 - FORMATAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO
Conteúdos:
 Redação do Texto:
• Elementos pré-textuais: título e subtítulo, resumos;
• Elementos textuais: introdução, desenvolvimento (seções e alíneas, citações, notas de rodapé, ilustrações, tabelas) conclusão.
• Elementos pós-textuais: notas explicativas, referências, glossário, apêndices e anexos,
 Noções de Língua Portuguesa;
 Estilo, paragrafação,
 Configuração do texto: folhas, digitação, margens, espaços, paginação...

As palestras são de ordem geral, dando uma visão ampla, porém completa do conteúdo proposto.
Os cursos são ministrados especialmente para alunos, ou especialmente para professores, porém podem ser ministrados para um público misto.

O conteúdo das palestras e/ou cursos seguem as orientações contidas no livro NORMAS TÉCNICAS PARA O TRABALHO CIENTÍFICO - 15a. edição.




Informações adicionais sobre custos e outros detalhes:
pedro@furaste.com.br


Abraço a todos




POR QUE / POR QUÊ / PORQUÊ / PORQUE

Uma palavrinha que causa furor... (ou melhor, causava... hehehe)

Vejamos como não há razão para sustos:

POR QUE
Usa-se separado e sem acento, em duas situações:
a) quando pudermos trocá-lo por uma expressão em que apareça a palavra qual (ou quais):
•Esta é a razão por que não te quero mais.
(Esta é a razão pela qual não te quero mais.)

b) quando pudermos trocá-lo pelas expressões por que motivo, por que razão:
•Ainda não sei por que ela me deixou.
(Ainda não sei por que motivo ela me deixou.)


POR QUÊ
Usa-se separado e com acento:

Sempre que estiver no final da frase, junto ao ponto.

•Ela me deixou sem explicar por quê.


PORQUÊ
Usa-se junto e com acento:

Sempre que se tratar de um substantivo. É o único que admite plural.

•Esse é o porquê mais fácil.


PORQUE
Usa-se junto e sem acento:

Nos outros casos.

•Fechamos a janela porque estava frio demais.
•Todos foram à festa porque foram convidados.
(assim, até eu aprendo... )
Abraço a todos



sábado, 25 de setembro de 2010

ARROGÂNCIA




Um jovem muito arrogante, que estava assistindo a um jogo de futebol e bebericando algumas cervejas num desses bares por aí, tomou para si a responsabilidade de explicar a um senhor já maduro, próximo dele, por que era impossível a alguém da velha geração entender esta nova geração.
Dizia o jovem arrogante:
- Vocês, idosos, cresceram em um mundo diferente, sem nada, um mundo quase primitivo... falou, alto e claro, de modo que todos em volta pudessem ouvi-lo.
- Nós, os jovens de hoje, somos modernos, crescemos com televisão, aviões a jato, viagens espaciais, homens caminhando na Lua, nossas espaçonaves visitam Marte. Nós temos energia nuclear, temos carros elétricos e carros a hidrogênio, computadores com grande capacidade de processamento e ...
Ele, então, fez uma pausa para tomar outro gole de cerveja. Foi aí que o senhor, idoso, que escutava pacientemente o que o jovem dizia, aproveitou-se desse intervalo para interromper a liturgia do estudante em sua ladainha e disse:
- Você está certo, filho. Você está inteiramente certo. Nós não tivemos todas essas coisas quando nós éramos jovens... foi por isso nós as inventamos, nós as criamos... Diga-me, agora: e você, um bostinha arrogante dos dias de hoje, o que você está fazendo para a próxima geração?

Foi aplaudido ruidosamente!

PS: Desconheço a autoria desse texto.

Abraço a todos

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

MIL REAIS - UM MIL REAIS - HUM MIL REAIS

Por favor, respondam-me: o que há de errado em se dizer:

- Produção de mil toneladas de trigo... ?
- Consumo de mil e duzentos quilos de carne ?
- Comprei mil e seiscentas ações da Companhia ?
- Voltamos no ano de mil novecentos e noventa e cinco ?

Nada!!! Absolutamente nada...

Então,
por que é freqüente vermos escrita, principalmente em cheques, a expressão:

- Um mil reais ?

E, o que ainda é bem pior, às vezes deparamos com:

- Hum mil reais.

- Hum, com agá ?!?!?!

Isso não passa de um verdadeiro absurdo. Não há nada que justifique tal bobagem. Se é para que sejam evitadas falsificações (?) no cheque, por exemplo, que se usem quaisquer outros artifícios – traço, parênteses, um sinal qualquer – mas não essa barbaridade, esse atentado contra a Língua Portuguesa.

Não existe razão alguma para esse UM diante de mil (muito menos Hum).

O numeral é: MIL. Nunca: um mil. O nome do número é: MIL.

Devemos dizer:

MIL E UM motivos.
MIL E UMA utilidades.
MIL E UMA noites.
Eu o conheci no ano de MIL NOVECENTOS E OITENTA E OITO.

Portanto devemos usar:

MIL Reais.

E ponto.

Grande abraço a todo

COLOCAR - COLOCAÇÃO - Uma questão de vocabulário

Hoje em dia, em muitas áreas, especialmente nas áreas da comunicação e da educação, encontramos o emprego abundante do verbo COLOCAR e do substantivo COLOCAÇÃO nas mais diversas situações.
Da mesma maneira que se condena o uso indiscriminado da palavra coisa, (e, em alguns contextos menos formais, do insuportável verbo coisar), deve-se condenar, veementemente, a utilização do verbo COLOCAR e do substantivo COLOCAÇÃO com conotações demasiadamente abrangentes, algumas das quais grotescas e sem propósito.
Trata-se de uma flagrante impropriedade vocabular, cujo uso se proliferou de uns tempos para cá, sem qualquer justificativa plausível, e que interfere no falar culto de nosso idioma.

COLOCAÇÃO, denotativamente, isto é, o significado encontrado no dicionário, significa:
1. ato ou efeito de colocar(se);
2. arrumação;
3. emprego, lugar para trabalhar;
4. venda; distribuição ou mercado para mercadoria;
5. disposição dos vocábulos na frase;
6. aplicação (de valores).

Na utilização coloquial que se tem verificado nos mais diferentes contextos, a palavra COLOCAÇÃO deve ser substituída por outras mais adequadas e que exprimem melhor a intencionalidade de quem fala (ou escreve), tais como:


- afirmação
- afirmativa
- apresentação
- asseveração
- comentário
- comunicação
- depoimento
- esclarecimento
- explanação
- explicação
- exposição de idéias
- exposição de fatos
- fala
- informação
- manifestação
- menção
- observação
- registro


COLOCAR, por sua vez, no dicionário, significa:
1. estabelecer, pôr num lugar, dispor;
2. instalar, localizar, situar, acomodar, aplicar;
3. arranjar emprego;
4. vender;
5. instalar-se, tomar posição.

Em vez de se usar o verbo COLOCAR deve-se optar pelo emprego de outros verbos mais específicos, mais adequados, conforme o contexto, tais como:

aduzir,
afirmar,
anotar
apresentar,
comentar,
comunicar
desenvolver,
dizer,
explanar
explicar,
expor,
exprimir
falar,
fazer observação,
informar
manifestar,
mencionar,
mostrar
observar,
registrar


O uso abusivo e inconseqüente dessas duas palavras, que acabam por substituir outras com maior carga significativa, nada mais é do que uma visível muleta verbal para tentar suprir uma clara deficiência vocabular do usuário. Essa disseminação está, gradativamente, contaminando, juntamente com outras práticas, o nível culto da língua, provocando um desastroso empobrecimento vocabular que já se faz sentir em diversos níveis sociais, culturais e, sobretudo, acadêmicos.

Grande abraço

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

NORMAS TÉCNICAS - ABNT

É impressionante como as Normas Técnicas são desvirtuadas por esse Brasil afora.

(Aliás, não são apenas as Normas Técnicas que são desrespeitadas, mas muitíssimas outras normas e regras - mas isso mereceria um comentário à parte.)

Vê-se seguidamente professores, ou por esterem desinformados, ou por negligência mesmo, (para não dizer outra nclusão de Cirso coisa) exigirem de seus alunos verdadeiros absurdos escudados por uma falsa capa protetora chamando de Normas da ABNT coisas que a ABNT nunca normatizou. Isto é, exigem absurdos alegando serem normas, mas que na verdade são invencionices, deles próprios ou de outrem de quem simplesmente copiaram sem se dar o trabalho de conferir com o que é oficial. Muitas vezes, percebe-se também que há uma mistura, ou melhor, uma confusão sobre o que cada norma apresenta. Se uma norma dispõe sobre determinado assunto e estabelece regras para ele, não significa que outros assuntos tenham que, obrigatroriamente, seguir as mesmas normas - eles terão as suas próprias!

Para o Trabalho Científico, existem várias Normas da ABNT que normatizam, cada uma, um elemento diferente apesar de semelhante - parecer não é ser igual!



Poir isso, meu caro Agnaldo, existe confusão sobre o fato de a Introdução e a Conclusão de um Trabalho de Conclusão de Curso ser ou não NUMERADA, como os demais capítulos.

Vejamos:

Infelizmente a ABNT não é suficientemente clara quando do uso de determinadas palavras, o que ocasiona, muitas vezes, confusão na interpretação. É o caso de a Introdução e a Conclusão serem ou não numeradas. No texto apresentado na NBR14724:2005, item 4.2, está escrito que Introdução, Desenvolvimento e Conclusão são as três partes fundamentais que compõem, juntas, os Elementos Textuais. Diz, ainda, que a Introdução é a PARTE inicial do texto (item 4.2.1); o Desenvolvimento é a PARTE principal do texto (item 4.2.2) e a Conclusão, a PARTE final do texto (item 4.2.3). Está bem claro que as três são PARTES do Trabalho!
Já quando fala do Desenvolvimento do texto, a ABNT (item 4.2.2) diz que essa PARTE do texto é dividida em SEÇÕES e SUBSEÇÕES. Portanto, as seções e subseções são divisões do Desenvolvimento. Ou seja, as seções e subseções compõem o Desenvolvimento do texto. Portanto, fazendo a devida interpretação do que está escrito, as SEÇÕES e SUBSEÇÕES é que devem ser identificadas, ou seja, numeradas. Quer dizer, então que essas SEÇÕES e SUBSEÇÕES que são numeradas, são as divisões ocorridas no Desenvolvimento. Ficou claro: o que se numera são as divisões ocorridas no Desenvolvimento.
Como Introdução e Conclusão não são divisões do Desenvolvimento, mas são OUTRAS PARTES do texto, elas NÃO DEVEM SER NUMERADAS.

Creio que ficou claro.
Grande abraço a todos

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Apresentação

Olá, amigos

Mais cedo ou mais tarde, todos nós acabamos cedendo aos apelos das modernas tecnologias...
Pois bem, aqui estou eu... postando mensagens no meu próprio Blog... que tal?

Vou aproveitar esse espaço para divulgar algumas idéias - aceitem-nas quem quiser - alguns trabalhos e, principalmente, responder às inúmeras consultas que me são feitas quase que diariamente por diversos canais.

Sou professor especialista em Lingua Portuguesa há mais de 40 anos - em sala de aula o tempo todo - tendo atuado da 5a. série do ensino fundamental ao ensino superior em todos os estágios; Publiquei alguns livros na área (infelizmente - ou não! - todos esgotados).

Também trabalho com Metodologia Científica, há quase 20 anos, ministrando cursos e mini-cursos para Instituições Superiores, em nível de Graduação e Pós-Graduação, em diversos estados brasileiros. Realizo palestras, seminários, painéis sobre Metodologia Científica, mais exatamente, sobre elaboração e formatação do Trabalho Científico - TCC, Projetos, Artigos, Teses, Monografias...

Sou o autor do livro NORMAS TÉCNICAS PARA O TRABALHO CIENTÍFICO, que faz a explicitação das Normas da ABNT para Trabalhos Científicos, em sua 15a. edição - publicado simultaneamente em Porto Alegre e Manaus e distribuído para todo o Brasil, sob encomenda direta, pela Internet (pedro@furaste.com.br).

Sou Psicanalista Clínico (CNP 100250/RS), atendendo em Manaus, na Vieralves - trabalho, além da Psicanálise, com Psicoterapia Psicanalítica, Psicoterapia Reencarnacionista, Terapia de Regressão e Reiki.

Sou de Porto Alegre/RS, mas estou morando provisoriamente em Manaus/AM.

Um grande abraço a todos.