domingo, 8 de julho de 2018

OBJETO DIRETO/INDIRETO PLEONÁSTICO - OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO


OBJETO DIRETO  OU  INDIRETO PLEONÁSTICO

Quando se deseja ENFATIZAR a ideia, remetemos o objeto para o início da oração, repetindo-o posteriormente através de um pronome oblíquo átono, na posição onde devia naturalmente estar. Por ser uma redundância, chamamos esse objeto repetido de pleonástico. Observe:

   Já li (o quê?) estes livros.                   Estes livros, já os li.

               Ouço sempre suas músicas. Suas músicas, ouço-as sempre.

Objeto Direto Pleonástico
1. A correntinha, guardou-a no bolso da camisa de riscado”.
2. Os presentes, entreguei-os à aniversariante.
3. O dinheiro, Pedro o trazia escondido nos bolsos da calça.
4. O bem, muitos o louvam, mas poucos o seguem.
5. Esta gramática, eu a ganhei de uma amiga há três anos.
6. As roupas, Rafaela recebeu-as.

Objeto Indireto Pleonástico
1. Aos padrinhos, lhes exigimos a chegada com antecedência à Igreja.
2. Às violetas, na janela, não lhes poupei água.
3. Aos meus pais, dou-lhes amor e carinho.
4. Aos mais velhos, dê-lhes o devido respeito.
5. A ele, falta-lhe delicadeza.
6. Aos clientes, o que lhes demos foram bombons.


OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO
Existem casos em que o OBJETO DIRETO pode vir regido de preposição.

1. Para evitar ambiguidade:
Como sempre, ao mal venceu o bem.
Naquela ocasião, ao professor enganou o aluno.

2. Quando o objeto direto for um pronome pessoal oblíquo tônico.
Naquela ocasião, ofenderam a ti.
Aquele professor amava a nós como filhos.
Hoje em dia, ninguém mais engana a mim.

3. Quando o objeto direto for um SUBSTANTIVO que designa pessoa.
Todos amamos a nossos pais.
Aquele rapaz ofendeu ao Joaquim.

4. Quando o objeto direto for um PRONOME INDEFINIDO que se refere a pessoa.
Seus argumentos não convencem a ninguém.

5. Em expressões idiomáticas consagradas pelo uso.
O soldado puxou do revólver (da faca, da espada, da arma...)
O doente comeu do pão. (da carne, do biscoito, dos salgadinhos...)
É preciso cumprir com o dever (com a palavra, com a obrigação, com o prometido...)
Com sede vamos beber da água (do vinho, do refrigerante, do suco...)


Obs. É comum o objeto direto preposicionado ser utilizado nos momentos em que as pessoas exprimem o seu amor a Deus ou dirigem as suas orações a Ele:
                Eu amo a Deus com todo o meu coração.

Os verbos “louvar”, “glorificar” e “exaltar”, que se inserem na esfera religiosa, comumente são empregados acompanhados de preposição, embora não a exijam:
                 Vamos louvar a Deus com toda nossa alma.
                 Glorifiquemos a Jesus, Nosso Salvador.
                 Exaltemos a Deus, Nosso Senhor.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

REDAÇÃO - COESÃO E COERÊNCIA


COESÃO E COERÊNCIA: 
NÃO REPITA PALAVRAS NA REDAÇÃO DO ENEM

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Um dos maiores desafios da vida em sociedade é a coesão e a coerência ao nos comunicarmos, muito importantes para transmitirmos exatamente o que estamos querendo informar.
Para muitas pessoas, esse desafio torna-se ainda mais complicado quando cobrado por meio da escrita. Dominar os conceitos de coerência e coesão são essenciais para quem quer obter uma boa nota na redação do Enem.

Coesão
É a conexão que liga elementos no texto (palavras, orações, períodos, parágrafos), que cria harmonia entre os elementos de um texto.

Coerência
Coerência é a propriedade do texto que permite que se construa sentido a partir dele, estabelecendo relação entre suas partes e entre o próprio texto e a situação de sua ocorrência.

Confira aqui algumas técnicas que ajudam a evitar a repetição de palavras no texto e a quebra de raciocínio temático:

Nominalização
Emprega-se um substantivo para remeter a um verbo enunciado anteriormente no texto.
Exemplo: Nossos amigos foram conhecer o parque de diversão. André disse, porém, que tal conhecimento não era válido (…).
Neste caso, observa-se que verbo “conhecer” se tornou o substantivo “conhecimento”.

Palavras sinônimas
Trata-se da utilização de palavras diferentes com o mesmo significado, para não repeti-las.
Exemplo: Os quadros de Frida Kahlo não tinham nenhum valor em sua época. Houve telas que serviam até para escorar objetos.
Neste caso, a palavra “telas” serviu para não repetir “quadros”.

Termo síntese
Termo que sintetiza aquilo que foi escrito anteriormente.
Exemplo: “Massacres, guerras, perseguições contra a ciência e arte. Todos esses fatos marcaram a Idade Média”.
Nesta situação, a palavra “fatos” sintetizou tudo o que foi escrito anteriormente.

Epítetos
O epíteto é uma técnica que consiste no uso de uma palavra ou frase para qualificar uma pessoa ou coisa.
Exemplo: – Audrey Hepburn fez filmes memoráveis. Pena que a atriz mais linda da história já tenha morrido.
Neste caso, o nome Audrey Hepburn foi substituído pelo substantivo qualificativo “a atriz mais linda da história”. Esse é um recurso que serve para não se repetir no texto.

Metonímia
Trata-se da substituição de uma palavra por outra, dentro de uma relação de contiguidade semântica.
Exemplo: O circo chegou chamando atenção de Belo Jardim. As flores se agitaram com tanta festa.
Nessa frase, “Belo Jardim” é usada para se referir ao substantivo “cidade”. Já “flores” refere-se aos jardins que deram nome a cidade.

Pronomes
Os pronomes servem para retomar temos já citados.
Exemplos:
Séries de TV são ótimas fontes de conhecimento. Mas não devemos apenas assisti-las.
Neste caso, o pronome oblíquo “las” refere-se à palavra “série”.

Numerais
Usa-se termos numerais para substituir um termo já mencionado.
Exemplo: Boa parte da população votou nesse candidato. Dois terços o escolheu por melhores propostas.
Neste caso, “dois terços”, numeral fracionário, refere-se à expressão “boa parte da população”.

Advérbios pronominais
São expressões como: “aqui, ali, lá, aí...”
Exemplo: Tenho que voltar ao colégio. Lá esqueci meu notebook.
Nesta frase, o advérbio pronominal “lá” se refere ao colégio.

Elipse
É uma figura de linguagem muito utilizada quando não se quer repetir um termo já utilizado no texto.
Exemplo: Os garotos da banda abriram o show com uma música do Artic Monkeys. Cantaram muito rock até tarde.
Nessa frase, os sujeitos do verbo “cantaram” (no caso são “os garotos”) está omitido na segunda frase, através da elipse.

COMO EVITAR A INCOERÊNCIA?
Evite escrever sobre diversos temas no mesmo parágrafo. Sempre que for apresentar uma nova ideia, tente introduzi-la antes; isso ajuda o leitor a melhor compreender as ideias colocadas e a evitar a quebra de continuidade temática.
Para escrever melhor é necessário (também) desenvolver a sua concentração. Então escreva pelo menos um texto por semana. Com o passar do tempo você começará a ganhar prática para desenvolver textos cada vez mais complexos.
Por último, leia sempre. A escrita e a leitura estão relacionadas à nossa capacidade cognitiva e sempre andam juntas. Usufrua de qualquer tipo de material, seja no jornal, na revista, ou, até mesmo, na internet, que é de graça!

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