sábado, 30 de abril de 2011

RAPIDINHAS GRAMATICAIS - 4



16  VESTIR AS LUVAS / CALÇAR AS LUVAS
Luvas, meias, sapatos, botas, chuteiras, sandálias, chinelos podem ser calçados ou vestidos.
Calçar significa revestir mãos, pernas e pés de agasalho adequado.
Porém calças, camisas, cuecas e outras vestimentas são apenas vestidas.

17  VAGO / VAZIO
Vago  =  significa que não está ocupado, que não está preenchido.
·         O lugar do presidente continua vago.
·         Nesta sala não há um lugar vago.

Vazio  =  significa que está oco, que não tem nada dentro.
·         Tiraram os móveis da sala, ficou tudo vazio.
·         A garrafa sobre a mesa já está vazia.


18  TODO / TODO O
Todo  =  é o mesmo que cada, qualquer.
·         Todo escoteiro é responsável  por si e por sua patrulha. 
Todo o  =  é o mesmo que inteiro, por completo.
·         Passou toda a manhã dormindo.



19  TER DE / TER QUE
Ter de  =  indica obrigatoriedade.
·         Tenho de chegar na hora da aula. (sou obrigado a chegar na hora)

Ter que  =  indica uma situação de opcionalidade.
·         Hoje, tenho que jogar futebol com os amigos. (posso não ir, se quiser)

20  TÃO POUCO / TAMPOUCO
Tão pouco  =  significa muito pouco.
·         Ficou impressionado porque fizemos muita coisa em tão pouco tempo.
Tampouco  =  significa também não.
·         Ela não estudou e tampouco fez os temas.

21  SUSTAR / SUSTER
Sustar  =  significa deter, interromper, suspender.
·         Vou pedir para o banco sustar o cheque que foi roubado.

Suster  =  significa sustentar, dar sustento, manter, alimentar.
·         Não teve coragem de suster aquela situação por mais tempo.

22  SOB / SOBRE
Sob  =  significa debaixo.
·         Ficou sob a sobra da figueira.

Sobre  =  significa acima de, a respeito de
·         O chinelo estava sobre a poltrona.


S. Jorge
23  SANTO / SÃO
Santo  =  é usado quando o nome começa por vogal ou h.
·         Santo Antônio, Santo André, Santo Henrique
Exceções: Santo Cristo, Santo Tomás, Santo Jeremias, Santo Jó

São  =  é usado com os nomes iniciados por consoantes.
·         São José, São Pedro, São Marcelino, São Bento
Para o feminino usa-se sempre Santa:
·         Santa Maria, Santa Teresinha, Santa Inês, Santa Helena
Para todos os casos, a abreviatura é S.   Não se deve usar Sto. ou Sta.
·         S.Catarina, S.Maria, S. Rita, S.Pedro, S.Bento, S.Cristo, S.Tomás

24  RAPAR / RASPAR
Rapar  =  significa cortar rente:
·         Ricardo rapou o cabelo.
·         Eduardo não quer rapar o bigode.

Raspar  =  significa lixar, tocar de raspão:
·         Na queda, ela raspou a perna no chão.
·         A bala raspou o braço do rapaz que ia pela rua.



quinta-feira, 14 de abril de 2011

NORMAS DE VANCOUVER






As normas de formatação de textos científicos, no Brasil, são estipuladas por um fórum nacional específico que é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Porém, algumas publicações, por razões que não nos cabe discutir aqui, optam por seguir as chamadas NORMAS DE VANCOUCER. Trata-se de um formato de referências específico para a área biomédica, sob a responsabilidade do Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas, originalmente conhecido como Grupo de Vancouver.
 
HISTÓRICO
Em 1978, um pequeno grupo de editores das mais tradicionais revistas internacionais da área médica, reunido em Vancouver, Canadá, estabeleceu as diretrizes para os formatos dos originais submetidos às suas revistas, onde foram incluídos também os formatos de referências desenvolvidos pela National Library of Medicine (NLM, Bethesda, EUA). Estas diretrizes foram publicadas pela primeria vez em 1979. O grupo de editores ficou conhecido como Grupo de Vancouver que se expandiu e evoluiu para Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas (International Committee of Medical Journal Editors - ICMJE).
Periodicamente, este Comitê  reúne-se a fim de revisar estes requisitos e fazer as adequações necessárias. Atualmente, fazem parte deste Comitê os editores das revistas internacionais de maior impacto na área médica.         
No Brasil, a Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC) tem promovido encontros para o aprimoramento e a padronização dos periódicos na área biomédica nacional. Na reunião ocorrida em São Paulo, no Hospital Albert Einstein, em 24 de setembro de 1999, foi enfatizada a adoção destes requisitos.

  REGRAS GERAIS

1 AUTORIA 
a) Referenciam-se os autores pelo seu sobrenome, apenas a letra inicial em maiúscula, seguido do nome abreviado e sem ponto.
b) De 1 a 6 autores, referenciam-se todos, separados por vírgula.
c) Mais de 6 autores, referenciam-se até o seis primeiros, seguidos da expressão latina   et al.

2 TÍTULOS DE PERIÓDICOS
Abreviam-se os títulos das revistas de acordo com o "Index Medicus", que pode ser consultado no endereço:                                            <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi?db=journals>

3 NUMERAÇÃO
Numeram-se as referências na ordem em que aparecerem no texto. 

4 ARTIGOS DE PERIÓDICOS
Se uma revista tem paginação contínua ao longo de um volume, o mês e o número podem ser omitidos.


   PONTUAÇÃO
a) Dar um espaço após ponto.
  b) Dar um espaço após vírgula.
  c) Quando a referência ocupar mais de uma linha, reiniciar na primeira posição.
  d) Na citação de artigos de Periódicos, os títulos vão abreviados sem ponto após cada elemento do título, seguido de ano; volume: - tudo sem qualquer espaço:
               Am J Med 2002;124;175-9.



   DICAS
a) Após a consulta de qualquer tipo de documento, anote os seus dados para não ter trabalho em coletá-los posteriormente na compilação da referência. 
b) Na consulta a periódicos não esqueça de anotar o local de publicação, volume (ou ano) e número (ou fascículo). 
c) Se consultar documentos na Internet, não esqueça de anotar o endereço eletrônico (URL) e data de acesso. 
d) Se consultar documentos impressos, retire as informações, preferencialmente, da folha de rosto dos documentos. 
e) Caso não tenha dados completos para a elaboração das referências e nem acesso ao documento, os catálogos são fontes confiáveis para obtenção destas informações: 
                   CCN - Catálogo Coletivo Nacional - para periódicos
                   Catálogo Online da PUCRS 
                   Catálago da Biblioteca do Congresso 
f) Mantenha sempre um padrão nas suas Referências. Por exemplo: Se não colocar a indicação de fascículo e do mês (até como é sugerido) mantenha assim em todas citações, já que estes são dados não essenciais. 

Para acesso direto ao texto original do International Committee of Medical Journal Editors, consultar o endereço:

 
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ALGUNS EXEMPLOS DE FORMATAÇÃO DE REFERÊNCIAS:

ARTIGOS DE REVISTAS.Modelo padrãoKJ, Pina I, Krevssky B. Heart transplantation in associated with an increased risk for pancreatobiliary disease. Ann Intern Med 1996 Jun 1; 124(11): 980-3.
. Revista com paginação contínua em um volume: mês e número podem ser omitidos (opcional)
Parkin DM, Clayton D, Black RJ, Masuyer E, Friedl HP, Ivanov E, et al. Childood leukaemia in Europe after Chernobyl: 5 years follow-up. Br J Cancer 1996; 73: 1006-12.
. Tipo de artigo indicadoEnzensberger W, Fischer PA. Metronome in Parkinson's disease [letter]. Lancet 1996; 347: 1337.
. Volume com SuplementoShen HM, Zhang QF. Risk assessment of nickel carcinogenicity and occupational lung cancer. Environ Health Perspect 1994: 102 Suppl 1: 275-82.
. Volume em PartesOzben T, Nacitarhan S, Tuncer N. Plasma and urine sialic acid in non-insulin dependent diabetes mellitus. Ann Clin Biochem 1995; 32(Pt 3): 303-6.
. Número em PartesPoole GH, Mills SM. One hundred consecutive cases of flap lacerations of the leg in ageing patients. NZ Med J 1994; 107(986 Pt 1): 377-8.
. Sem AutoriaCancer in South Africa [editorial]. S Afr Med J 1994; 85:15.
. Sem Número nem VolumeBrowell DA, Lennard TW. Immunologic status of the cancer patient and the effects of blood transfusion on antitumor responses. Curr Opin Gen Surg 1993: 325-33.
. Paginação em Números RomanosFisher GA, Sikic BI. Drug resistance in clinical oncology and hematology. Introduction. Hematol Oncol Clin North Am 1995 Apr; 9(2):xi-xii.

LIVROS E OUTRAS MONOGRAFIAS
LIVRO
. Modelo PadrãoRingsven MK, Bond D. Gerontology and leadership skills for nurses. 2nd ed. Albany(NY): Delmar Publisher; 1996.

CAPÍTULO DE LIVROPhillips SJ, Whisnant JP. Hypertension and stroke. In: Laragh JH, Brenner BM, editores. Hypertension: pathophysiology, diagnosis and management. 2nd ed. New York: Raven Press; 1995. P. 465-78.
LIVROS/MONOGRAFIAS EM CD-ROMCDI, clinical dermatology illustrated [monograph on CD-ROM], Reeves JRT, Maibach H. CMEA Multimedia Group, producers. 2nd ed. Version 2.0. San Diego: CMEA; 1995.

CONGRESSOS - ANAISKimura J, Shibasaki H, editors. Recent advances in clinical neurophysiology. Proceedings of the 10th International Congress of EMG and Clinical Neurophysiology; 1995 Oct 15-19; Kyoto, Japan. Amsterdam: Elsevier; 1996.

CONGRESSOS - TRABALHOS APRESENTADOSBengtsson S, Solheim BG. Enforcement of data protection, privacy and security in medical informatics. In: Lun KC, Degoulet P, Piemme TE, Rienhoff O, editores. MEDINFO 92. Proceedings of the 7th World Congress on Medical Informatics; 1992 Sept 6-10; Geneva, Switzerland. Amsterdam: North Holland; 1992. p.1561-5.

DISSERTAÇÕESKaplan SJ. Post-hospital home health care: the elderly`s acess and utilization [dissertation]. St. Louis(MO): Washington Univ.; 1995.

ARTIGOS DE JORNAISLee G. Hospitalizations tied to ozone pollution: study estimates 50.000 admissions annually. The Washington Post 1996 Jun 21; Sect. A:3 (col.5).
 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

PLURAL DE NOMES COMPOSTOS

I – SUBSTANTIVOS

1) compostos sem hífen:
·         fazem o plural como qualquer substantivo simples:
                   vaivém – vaivéns              girassol – girassóis
                   pontapé – pontapés          malmequer – malmequeres

GIRASSÓIS
2) compostos com hífen:
a)   se o primeiro elemento admite plural, deve-se colocá-lo no plural; se não admite plural, então fica no singular. Se o segundo elemento admite plural, deve-se colocá-lo no plural; caso contrário, fica no singular.
     couve-flor – couves-flores                    bóia-fria – bóias-frias
     sexta-feira – sextas-feiras                 mão-boba – mãos-bobas
     abaixo-assinado – abaixo-assinados    ex-aluno – ex-alunos
BÓIAS-FRIAS
Cuidado com verbos – eles permanecem sempre no singular:
     guarda-chuva – guarda-chuvas     beija-flor – beija-flores
     bate-boca – bate-bocas               guarda-costa – guarda-costas
                                                          
BEIJA-FLORES
b)     se o segundo elemento indicar finalidade ou semelhança, pode-se seguir o descrito acima ou colocar somente o primeiro elemento no plural:
              peixe-espada – peixes-espada        navio-escola – navios-escola
              papel-moeda – papéis-moeda         banana-maçã – bananas-maçã

c)      se os elementos forem ligados por preposição (clara ou subentendida) coloca-se apenas o primeiro no plural:
    pão-de-ló  – pães-de-ló                    pôr-do-sol – pores-do-sol
   água-de-colônia  – águas-de-colônia     pé-de-moleque – pés-de-moleque
 
PÔR-DO-SOL - PORES-DO-SOL
d)     se o substantivo for formado por elementos repetidos ou criados a partir de onomatopéias, pluraliza-se apenas o último:
 pega-pega – pega-pegas                    corre-corre – corre-corres
               tico-tico - tico-ticos                          pisca-pisca - pisca-piscas

e)      se o substantivo for formado por verbos de sentido contrário, ambos ficam no singular:
os ganha-perde                                os leva-e-traz
     os leva-e-traz                                  os entra-e-sai

·         Atenção especial deve ser dada a alguns substantivos compostos:
a)     alguns já possuem o segundo vocábulo no plural:
saca-rolhas                 porta-luvas             porta-jóias
toca-discos                  tira-dúvidas            tira-teimas

b)     alguns substantivos possuem plural de forma especial:
os louva-a-deus           os arco-íris             os diz-que-diz
os faz-de-conta             os topa-tudo

c) permanecem invariáveis frases transformadas em substantivos:
os bumba-meu-boi                            os não-sei-que-diga
as maria-vai-com-as-outras                os disse-me-disse
o disse-me-disse


 
II – ADJETIVOS

·         Quando o segundo elemento, isoladamente, for um adjetivo, ele vai para o plural; se, isoladamente, não for um adjetivo, fica no singular; o primeiro dos dois elementos fica sempre no singular.
         côncavo-convexo - côncavo-convexos       lítero-musical - lítero-musicais
         marrom-café - marrom-café                 amarelo-ouro - amarelo-ouro
        sócio-político - sócio-políticos                 ítalo-asiático - ítalo-asiáticos

Estão incluídos na regra acima, os adjetivos compostos que possuem a expressão cor-de-... :
           cor-de-rosa            cor-de abacate          cor-de-chumbo
Se a expressão cor-de-.... estiver subentendida,  mesmo assim, a regra permanece:
         camisa creme (cor de creme)            terno cinza (cor de cinza)
         giz laranja (cor de laranja)             carro pérola (cor de pérola)


carro pérola - carros pérola
 
§         Casos especiais:

a) permanecem invariáveis
         azul-marinho, azul-celeste, furta-cor, ultravioleta, sem-par, sem-sal  

b) varia os dois elementos
 

surdo-mudo   -  (surdos-mudos, surda-muda, surdas-mudas).


A  PROPÓSITO:
Você sabia que o surdo é uma pessoa tem deficiências auditivas e da fala. Muitos deficientes auditivos aprendem a falar através de aulas e muito treinamento. É preciso, sim, muita força de vontade, mas com dedicação e determinação muitos deficientes auditivos conseguem se comunicar através da fala.
A leitura labial também é muito freqüente no dias de hoje. Por isso, não se esqueça de, quando estiver se comunicando com alguém nestas condições, articular bem as palavras e mantenha-se de frente para a pessoa. O seu corpo e sua expressão facial podem auxiliar muito na comunicação com os deficientes auditivos, por isto utilize gestos, sinais e movimentos corporais.
No Brasil, a língua de sinais utilizados é chamada LIBRAS.- Língua Brasileira de Sinais.
 
 Este sinal, em LIBRAS significa "Eu te Amo" e é a junção do "I" (eu em inglês), do "L" (Love) e quando você gira a mão na direção de uma pessoa signica justamente o "I love you", ou em português,  "Eu te amo".