quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

PALAVRAS AOS FORMANDOS DO CEAV/2012

         A   educação em nosso país está, todos os dias, caminhando por uma estrada perigosa, perigosa demais. Por um lado, vemos estatísticas animadoras, com números que demonstram uma situação bastante positiva; por outro lado, analisando a realidade escolar que temos a nosso redor, aqui no Amazonas e de resto em todo o país, inclusive, e especialmente, nos grandes centros, vemos uma realidade completamente diferente da demonstrada nessas estatísticas, não apenas no ensino público, mas também no ensino privado, a ponto de termos alunos semianalfabetos ingressando em faculdades, e, o que é pior, formando-se em algumas delas.

          Meus queridos afilhados, meus queridos alunos, uma grande responsabilidade, nesse instante, recai sobre nós enquanto escola e sobre os seus ombros, enquanto partícipes de uma nova realidade a partir de hoje. Essa responsabilidade, para nós, escola, é muito grande: tivemos de alcançar resultados em nossas tarefas, tivemos metas a cumprir, planejamentos a serem seguidos, tivemos de confrontar o aproveitamento que promovemos e aquele que realmente obtivemos, especialmente no que diz respeito às bases fundamentais de cada competência desenvolvida. Tivemos, e temos, de mostrar que não fazemos parte dessas estatísticas fantasiosas e, muitas vezes, mentirosas, “fabricadas” simplesmente para constar no papel, mas que somos verdadeiramente capazes de atingir nossos propósitos. Já, vocês, em particular, têm de demonstrar, a partir de agora, que estão verdadeiramente capacitados, que vocês verdadeiramente conquistaram o saber, e não apenas se apropriaram temporariamente dele; que vocês são verdadeiramente donos de um saber que foi adquirido com o tempo, de um saber apreendido enquanto cresciam e amadureciam como nossos alunos.

Muito já se falou sobre o nível do ensino no país, muito ainda se fala. Muito se comenta sobre a calamitosa situação em que está mergulhado o ensino. Muitos levantam o problema, mas poucos apontam soluções.

Felizmente ainda encontramos, por todo esse país, profissionais do ensino, professores, educadores e funcionários abnegados e comprometidos, que dão o seu melhor, que dão seu suor, que dão seu sangue e, alguns, até comprometem sua saúde e sua vida pessoal para que seus alunos apreendam, não só o conteúdo das disciplinas que ministram, mas também sua aplicabilidade e seu alcance social, que dão lições, não só do conteúdo programático, mas também lições de vida. Aqui, no Amazonas, por esse imenso interior por onde tive o privilégio de andar; aqui em Manaus, nas escolas pelas quais eu passei, lecionando ou apenas palestrando, conheci muitos desses professores. Conheci também escolas primorosas, muito bem equipadas, com ótima logística e infraestrutura e com perfeitas condições para o desenvolvimento de um belo e produtivo trabalho.

Porém, nem tudo são flores.

Por todo esse Brasil, encontramos algumas falhas graves – algumas falhas estruturais e, infelizmente, muitas falhas humanas. Vimos escolas, poucas, é verdade, onde a lousa era a própria parede da sala, mesas quebradas, cadeiras improvisadas, onde não havia sequer uma biblioteca – tecnologias como a Internet e meios eletrônicos, redes sociais, nem pensar, ou, quando pensada, equipamentos de última geração amontoados em escolas de regiões onde não há sinal de Internet disponível.

Encontramos igualmente bons e maus profissionais. Encontramos, inclusive, algumas pessoas absolutamente desequilibradas, e algumas desqualificadas, exercendo funções e ocupando cargos que deveriam servir para auxiliar o processo de ensino-aprendizagem – ou seja, que deveriam dar suporte a professores e alunos – professores e alunos que são o núcleo básico da existência de uma escola – mas que fazem exatamente o oposto – mais atrapalhando que ajudando, alguns com nítido objetivo de obter promoção pessoal ou massagear seu próprio ego, invertendo totalmente os papéis, subvertendo os organogramas mais elementares, o que nos faz lembrar, obrigatoriamente, as palavras de Rui Barbosa que nos dizia: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”

Achamos muitos cargos e funções sem préstimo algum, falhas na conexão e na tessitura organizacional, amadorismo, favoritismos, irresponsabilidade social, ética e moral. Presenciamos tentativas de se ter uma cultura empresarial numa realidade emocional e ainda paternalista, emoção no lugar da razão, sem fazer menção à falta de comprometimento de alguns de nossos gestores que esquecem a educação e visam tão somente ao lucro. Não posso deixar de mencionar também uma outra situação, o fato de que alguns pais, felizmente poucos, deveriam ser lembrados que, quando enviam seus filhos à escola, eles – os filhos – devem levar obrigatoriamente, junto com o material escolar, a educação que recebem em casa. Enfim, encontramos vários entraves que fazem a Educação ser o que é – esse caos. Em contrapartida, felizmente, o grande Machado de Assis nos apontou uma possibilidade de reverter essa situação, quando disse: "A arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal." Na vida, chega um tempo em que a gente aprende que ninguém nos decepciona. Se isso acontece, é porque nós colocamos expectativas demais sobre determinadas pessoas. Cada um é o que é e oferece aquilo que tem e pode oferecer.

Mas, felizmente, no meio de todo esse caos – cá estamos nós, nós enquanto instituição; cá estão vocês, o resultado de nosso trabalho. Cá estamos nós, profissionais que fizemos, e bem feita, nossa parte; cá estão vocês que também fizeram, e muito bem, a sua parte - trilharam seu caminho em meio a essas turbulências todas, venceram obstáculos, galgaram posições, cresceram como pessoas, aperfeiçoaram-se como seres humanos - ricas pessoas, lindos seres humanos.

Queridos afilhados, queridos alunos, em meus mais de 45 anos de profissão – sempre dentro de uma sala de aula – tive oportunidade de conhecer e conviver com muitas pessoas, tive milhares de alunos, nos mais diversos níveis - na verdade, excetuando-se o ensino infantil, atuei em todos os outros. Vi passarem pela minha frente, jovens ambiciosos, adolescentes sonhadores, adultos obstinados. Com todos eles, muito aprendi. E uma das coisas mais importantes que aprendi foi a interessante relação de amor e ódio que permeia, muitas vezes, nossa caminhada. Das reações mais simples às mais exageradas, das mais sinceras às mais fantasiosas.

Um escritor alemão, Hermann Hesse, disse certa vez: "A trajetória de nossa vida pode parecer definitivamente marcada por certas situações. Nossa vida, entretanto, conserva sempre todas as possibilidades de mudança e conversão que estiverem ao nosso alcance. E tais possibilidades são tanto maiores, quanto mais abrigarmos em nós de infância, de gratidão e principalmente de capacidade de amar."

Meus queridos, percebemos, hoje em dia, por onde andamos, uma grave doença social -  a falta de amorosidade, um medo coletivo de amar. Li, em algum lugar, não lembro onde, que “A sensação que nos causa o medo de amar dura alguns segundos, mas a sensação de alguns segundos de amor pode durar a vida toda.” Entretanto, para amar, é preciso um pré-requisito importante, é preciso que o ser humano, antes de tudo, aprenda a crer, aprenda a acreditar. – crer, acreditar em si mesmo. Acreditar que tem capacidade, que tem condições, que pode realizar seus sonhos. Paulo Freire já nos dizia que “o homem que detém a crença em si mesmo é capaz de dominar os instrumentos de ação à sua disposição.” Exatamente, precisamos ter fé, precisamos ter fé em nós mesmos, precisamos aprender que a fé, a crença em nós mesmos pode nos dar o que precisamos. “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer” e para fazermos acontecer, é preciso definir com clareza as crenças que governam nossas vidas.

Em nossa relação, aqui, com vocês, eu fui muito feliz; vivenciei algumas das mais belas demonstrações de amor, de carinho, de superação: em alguns de vocês, entre vocês, colegas, entre vocês alunos e seus professores e funcionários. Posso dizer que fecho com chave de ouro minha carreira. Vou me aposentar de vez e levo no meu coração cada um de vocês. Como disse Saint Exupèry: "Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós." Trago, novamente, palavras de Paulo Freire, que nos diz que “Quem ensina, aprende ao ensinar e quem aprende, ensina ao aprender.”

Ao ir embora, eu estou levando muito de vocês, podem acreditar, eu estou levando todo amor que recebi de vocês, e deixo-lhes a gratidão por ter recebido de vocês algumas das mais valiosas lições de vida. Parodiando Roberto Carlos, se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi aqui com vocês... e não foram poucas....

Para finalizar, deixo com vocês a mensagem de Charles Chaplin: “Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito curta para ser insignificante.”

Vão, meus queridos, vivam suas vidas, amem e sejam felizes.
Ah! E não me aplaudam, porque, nesse instante, eu quero aplaudir vocês.

Falei.

 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

REVOLUÇÃO FARROUPILHA



Saga Farrapa marcou o Rio Grande

          As comemorações da Revolução Farroupilha - o mais longo e um dos mais significativos movimentos de revoltas civis brasileiros, envolvendo em suas lutas os mais diversos segmentos sociais - relembra a Guerra dos Farrapos contra o Império, de 1835 a 1845. O Marco Inicial ocorreu no amanhecer de 20 de setembro de 1835. Naquele dia, liderando homens armados, Gomes Jardim e Onofre Pires entraram em Porto Alegre pela Ponte da Azenha.

          A data e o fato ficaram registrados na história dos sul-rio-grandenses como o início da Revolução Farroupilha. Nesse movimento revolucionário, que teve duração de cerca de dez anos e mostrava como pano de fundo os ideais liberais, federalistas e republicanos, foi proclamada a República Rio-Grandense, instalando-se na cidade de Piratini a sua capital.
          Antecedendo-se a Revolução Farroupilha, desde o século XVII, o Rio Grande do Sul já sediava várias disputas entre portugueses e espanhóis. Para as lideranças locais, o término dessas disputas merecia, do governo central, o incentivo ao crescimento econômico do Sul, como ressarcimemto às gerações de famílias que lutaram e defenderam o país. Além de isso não ocorrer, o governo central passou a cobrar pesadas taxas sobre os produtos do RS. Charque, couros e erva-mate, por exemplo, passaram a ter cobrança de altos impostos. O charque gaúcho passou a ter elevadas taxas, enquanto o governo dava incentivos para a importação do Uruguai e Argentina.
          Já o sal, insumo básico para a preparação do charque, passou a ter taxa de importação considerada abusiva, agravando o quadro. Esses fatores, somados, geram a revolta da elite sul-rio-grandense, culminando em 20 de setembro de 1835, com Porto Alegre sendo invadida pelos rebeldes enquanto o presidente da província, Fernando Braga, fugia do Rio Grande.

          As comemorações do Movimento Farroupilha, que até 1994 restringiam-se ao ponto facultativo nas repartições públicas estaduais e ao feriado municipal em algumas cidades do Interior, ganharam mais um incentivo a partir do ano 1995. Definida pela Constituição Estadual com a data magna do Estado, o dia 20 de setembro passou a ser feriado. O decreto estadual 36.180/95, amparado na lei federal 9.093/95, de autoria do deputado federal Jarbas Lima (PPB/RS), especifica que "a data magna fixada em lei pelos estados federados é feriado civil".
 
 
Eu quero andar nas coxilhas sentindo as flexilhas das ervas do chão.
Ter os pés roseteados de campo, ficar mais trigueiro com sol de verão…
Fazer versos, cantar as belezas desta natureza sem par…
E mostrar para quem quiser ver o lugar para viver sem chorar!
É o meu Rio Grande do Sul. Céu, sol, sul, terra e cor.
Onde tudo o que se planta cresce e o que mais floresce é o amor…
 
 
 
 
 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012


ESQUEMA DA ACENTUAÇÃO NO ACORDO ORTOGRÁFICO

 ALFABETO

Nosso alfabeto ganha três letras. K W Y . Mas o seu uso permanece o mesmo.
 
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

 ACENTOS - 1

Ditongos abertos ÉI e ÓI perdem o acento em palavras que não sejam oxítonas.

Antes
Depois
idéia, jóia, geléia, jibóia...
Ideia, joia, geleia, jiboia

 ACENTOS - 2

I e U, tônicos, que vierem depois de ditongos perdem o acento em palavras paroxítonas.

Antes
Depois
Guaíba, baiúca, bocaiúva, feiúra
Guaiba, baiuca, bocaiuva, feiura

 ACENTOS - 3

As Terminações -ÔO(s) e –ÊEM perdem seus acentos.
            
Antes
Depois
voo(s), enjoo(s), lêem, vêem, crêem
voo(s), enjoo(s), leem, veem, creem

 ACENTOS - 4

Os acentos diferenciais permanecem apenas em duas palavras: PÔR e PÔDE

Antes
Depois
pára, pólo, pôlo, póla, pôla, côa, pêlo, pélo, péla, pélas, pêra
para, polo, pola, coa,
pelo, pela, pelas, pera


ACENTOS - 5

Formas verbais TÊM e VÊM (dos verbos TER e VIR), na terceira pessoa plural do presente do indicativo permanecem com seus acentos.
 

ACENTOS - 6

O acento agudo e o trema do U pronunciado nos grupos QUE, GUE, QUI, GUI desaparecem.

Antes
Depois
averigúe, averigüei, tranqüilo, sangüíneo
averigue, averiguei, tranquilo, sanguíneo

O Trema permanence apenas em nomes estrangeiros e seus derivados.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

PARAOLIMPÍADAS / PARALIMPÍADAS



        PARAOLIMPÍADAS OU PARALIMPÍADAS  
           "A mudança no nome foi feita em novembro do ano passado. A ideia foi uniformizar nome usado nos outros países de língua portuguesa.

           Até sua última edição, em 2008, as Paralimpíadas, jogos esportivos envolvendo pessoas com algum tipo de deficiência, eram chamadas no Brasil de Paraolimpíadas. No entanto, em novembro do ano passado, durante o lançamento da logomarca dos Jogos Paralímpicos de 2016, no Rio, o nome dos jogos perdeu a letra “o” e passou a ser chamado de Paralimpíadas a pedido do Comitê Paralímpico Internacional.

           A intenção foi igualar o nome ao uso de todos os outros países de língua portuguesa: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, onde já se usava o termo Paralimpíadas. Além disso, a palavra "olimpíadas" é referente à outra organização esportiva, o Comitê Olímpico Internacional. A palavra vem do inglês "paralympic", que mistura o início do termo "paraplegic" e com o final de "olympics" para designar o atleta paralímpico."

            (Fonte: G1.globo.com VESTIBULAR E EDUCAÇÃO)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O VOO DO CONDOR

Este é um texto interessantíssimo que encontrei em minhas andanças pela Internet e que passo a transcrever para que algumas pessoas reflitam suas vidas e algumas de suas atitudes:


        


“O VOO INAUGURAL
 O condor é o maior pássaro do mundo e é conhecido por sua envergadura e por construir seu ninho em penhascos escarpados com altitude próxima a 2000 metros. A mamãe condor cuida de um único filhote que é totalmente dependente até completar um ano, quando, então, o "encoraja" ao seu primeiro voo. O filhote, sem compreender, é atacado por sua mãe recebendo inúmeras bicadas na cabeça até que, atônito, na tentativa de esquivar-se, salvar-se, se lança ao precipício. Sem alternativas – e instintivamente, abre suas asas e é acompanhado por sua mãe em seu voo inaugural. É quando o filhote condor descobre sua autonomia, sua independência. Compreende o mundo sob uma nova perspectiva tornando-se atuante. Desenvolve sua nova competência intrínseca – recém-descoberta – de um pássaro extremamente hábil.
            Assim como os filhotes de condores, muitas vezes, nos prendemos à segurança de nosso “ninho” nos impedindo – ou retardando – a experiência de nosso primeiro voo. É importante ressaltar que, neste caso, o “ninho” tem uma conotação muito mais ampla por referir às situações de acomodação de nosso cotidiano, seja pelo trabalho que não mais gratifica – mas que insistimos em manter, o relacionamento que se faz por conveniência – que fingimos não incomodar, a obrigação determinada por aspectos subjetivos – pelo que é esperado que façamos – e fazemos!
O voo inaugural nos assusta porque duvidamos de nossa capacidade de sustentação, de nos mantermos por nossas asas, de voar mais – e mais alto, com autonomia. Nos colocamos – e assim permanecemos, numa condição de absoluta dependência, autômatos, admirando os que já se lançaram ao voo da autodescoberta.
Portanto, meu amigo, convido-o neste instante a uma reflexão; a observar com acuidade a extensão de suas próprias asas. Veja! Elas cresceram! Que tal experimentá-las? Que tal, a exemplo do condor, se lançar ao seu voo inaugural?
Não entenda o meu convite à reflexão como uma apologia à inconsequência, ao descaso, ao levianismo. Pense apenas sobre aquilo que ainda não sabe por não se permitir. Exerça a sua crítica pela vivência pessoal e não por impressões falaciosas e pelos modelos que sequer você optou – lhe foram impostos!
Acredite em sua capacidade condor. Liberte-se do medo, voe!”

MADJAROF, Paulo. Disponível em: http://www.mundodafilosofia.com.br/psicologia6.html. Acesso em: 10 ago 2012.

(As ilustrações foram colocadas por mim)


 Para ilustrar melhor, acrescento algumas informações sobre essa magnífica ave:

CONDOR-DOS-ANDES

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Ciconiiformes
Família: Cathartidae
Gênero: Vultur
Espécie: V. gryphus

          O condor, ou condor-dos-andes (Vultur gyphus), é uma ave da família dos catartídeos, é o parente andino do urubu. É encontrado normalmente em altitudes acima de 3000 m, mas também frequenta as terras baixas do litoral. Formam bandos de até vinte indivíduos, exceto na época do acasalamento, quando vive aos pares.
            Esta espécie é a maior ave voadora do mundo, pesando até 12 kg, apresentando a terceira maior envergadura do mundo, chegando a 3 m (perdendo apenas para o Marabu, que possui envergadura que chega a 3,5 m e para o Albatroz-errante, que chega a 4 m). Suas asas, longas e largas, permitem ao condor planar, aproveitando as correntes de ar, sendo que é deste modo que muitas vezes ele percorre os céus. Isso faz com que ele gaste menos energia que num vôo ativo, em que necessita bater as asas.
            Possui excelente visão, possuindo a capacidade de localizar a presa a quilômetros de distância. Alimenta-se de carniça e ataca qualquer animal fraco ou doente. No litoral, come cadáveres de grandes mamíferos marinhos lançados à praia pelas ondas. É comum brigarem entre si, a fim de decidir quem primeiro deve fazer sua “refeição”.
           A fêmea do condor procura fazer seu ninho no local mais alto das montanhas. Neste local ela põe um ovo por ano, dificilmente dois, que é incubado por 58 dias. O filhote nasce com penugem branca. Caso haja dois filhotes, estes lutaram até que um caia do ninho; a mãe não interfere nessa luta.
Ele é o símbolo nacional da Colômbia, Equador, Bolívia e Chile, integrando os brasões oficiais desses países. Possuem também um papel de destaque nos mitos e folclore das regiões andinas da América do Sul. São considerados ameaçados de extinção, sendo, por esse motivo, criados programas de reprodução em cativeiro dessa espécie.
Existe uma espécie considerada “prima” do condor-dos-andes, que é o condor-da-califórnia. Este está em extinção.

Fontes:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Colca-condor-c06.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Condor-dos-andes
http://www.naturezaselvagem.hpg.ig.com.br/extincao/condor.htm
Guia Ilustrado – O Mundo dos Animais – Aves I. Editora Nova Cultura, 1990.

In: MELDAU, Débora Carvalho. Disponível em:
http://www.infoescola.com/ aves/condor/. Acesso em: 10 ago 2012.

sábado, 16 de junho de 2012

OFICINA DE REDAÇÃO:

                                                  Material para a Oficina de Redação

A DISSERTAÇÃO


I - INTRODUÇÃO
     É o primeiro parágrafo e serve de apresentação da dissertação, por essa razão deve estar muito bem elaborada, ser breve e apresentar apenas informações sucintas. Deve apenas apresentar o TEMA e dois ENFOQUES e ter em torno de cinco linhas.

II – DESENVOLVIMENTO
     É a redação propriamente dita. Deve ser constituído de dois parágrafos, um para cada enfoque apresentado na Introdução. É a parte da redação em que argumentos são apresentados para explicitar, em um parágrafo distinto, cada um dos enfoques. Esses parágrafos devem ter em torno de dez linhas. Pode-se desenvolver os argumentos por meio de relações que devem ser usadas para deixar seu texto coeso e coerente. Essas relações são estabelecidas através de CONECTORES e ser de:

Prioridade, relevância:
em primeiro lugar, antes de mais nada, antes de tudo, em princípio, primeiramente, acima de tudo, principalmente, primordialmente, sobretudo...

Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterioridade):
então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, no momento em que, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente, agora, atualmente, hoje, freqüentemente, constantemente às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, já, mal...

Semelhança, comparação, conformidade:
igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, semelhantemente, analogamente, por analogia, de maneira idêntica, de conformidade com, de acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual, tanto quanto, como, assim como, como se, bem como.

Condição, hipótese:
se, caso, eventualmente.

Adição, continuação:
além disso, demais, ademais, outrossim, ainda mais, por outro lado, também, e, nem, não só ... mas também, não só... como também, não apenas ... como também, não só ... bem como, com, ou (quando não for excludente).

Dúvida:
talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se é que.

Certeza, ênfase:
certamente, decerto, por certo, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza.

Surpresa, imprevisto:
inesperadamente, de súbito, subitamente, de repente, imprevistamente, surpreendentemente.

Ilustração, esclarecimento:
por exemplo, só para ilustrar, só para exemplificar, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja, aliás.

Propósito, intenção, finalidade:
com o fim de, a fim de, com o propósito de, com a finalidade de, com o intuito de, para que, a fim de que, para.

Lugar, proximidade, distância:
perto de, próximo a, próximo de, junto a, junto de, dentro, fora, mais adiante, aqui, além, acolá, lá, ali, este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo, ante, a.

Resumo, recapitulação, conclusão:
em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, desse modo, logo, dessa forma, dessa maneira, assim sendo.

Explicação:
por consequência, por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com efeito, tão (tanto, tamanho)... que, porque, porquanto, pois, já que, uma vez que, visto que, como (= porque), portanto, logo, que (= porque), de tal sorte que, de tal forma que, haja vista.
 
Contraste, oposição, restrição:
pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, apesar de, apesar de que, ainda que, mesmo que, posto que, conquanto, se bem que, por mais que, por menos que, só que, ao passo que, por outro lado, em contrapartida, ao contrário do que se pensa, em compensação.

Existem outras expressões que podem ser utilizadas nos parágrafos de desenvolvimento para dar mais fluidez nas ideias:
Confronto
É possível que... no entanto... , É certo que... entretanto... , É provável que ... porém...

Divisão de idéias
Em primeiro lugar ...; em segundo ...; por último ...; por um lado ...; por outro ...; primeiramente, ...; em seguida, ...; finalmente, ...
Enumeração
É preciso considerar que ...; Também não devemos esquecer que ...; Não podemos deixar de lembrar que...
Reafirmação
Compreende-se então que ...; É bom acrescentar ainda que ... ; É interessante reiterar ...

Exemplificação
A fim de comprovar o que foi dito, ...; Para exemplificar, ... ; Exemplo disso é ...

Mais expressões que podem ser utilizadas em seu texto:
Para tanto, ...; Para isso, ...; Além disso, ...; Se é assim, ...; Na verdade, ...; É fundamental que ...; Tudo isso é ...; Nesse momento, ...; De toda forma, ...; De tal forma que ...; Em ambos os casos,..."

III- CONCLUSÃO
      É o último parágrafo. Deve ser breve, contendo em torno de cinco linhas. Na conclusão, deve-se retomar o Tema e fazer o fechamento das idéias apresentadas em todo o texto e não somente em relação às idéias contidas no último parágrafo do desenvolvimento. Não se deve acrescentar informações novas na conclusão, pois, se há informações a serem incluídas, o desenvolvimento ainda não terminou. Dever-se concluir:
         Fazendo uma síntese das idéias expostas;
         Esclarecendo um posicionamento e/ou questionamento, desde que coerente, com o desenvolvimento;
         Extraindo uma dedução ou demonstrando uma conseqüência dos argumentos expostos;
         Levantando uma hipótese ou uma sugestão coerente com as afirmações feitas durante o texto.
         Apresentando possíveis soluções para os problemas expostos no desenvolvimento, buscando prováveis resultados.

Pode-se iniciar o parágrafo da Conclusão com expressões do tipo:
Assim,...;  Assim sendo...; Portanto,...; Mediante os fatos expostos,...; Dessa forma, ...; Diante do que foi dito ...; Resumindo, ...; Em suma, ...; Em vista disso, pode-se concluir que ...; Finalmente,...; Nesse sentido,...; Com esses dados, conclui-se que ...

 
OUTRAS DICAS IMPORTANTES:

1. Numa redação dissertativo-argumentativa, Nunca se inclua na dissertação. Não use primeira pessoa. O texto deve ser todo impessoal. Não use a 1ª pessoa do singular. Use os verbos na 3ª pessoa do singular (Compreende-se ..., percebe-se ...);

2.  Ao escrevermos um texto, utilizamo-nos de vários elementos de referenciação como: sinônimos, pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos, relativos, indefinidos, apostos;

3. Não se esqueça o de que o texto dissertativo é um texto temático, ou seja, constrói-se a partir da declaração ou da confirmação de idéias sobre um dado ou um fato da realidade. Em outras palavras, é a defesa de uma tese (idéia) que se tem sobre algum tema (assunto) .

4. Em face da limitação de espaço, é muito difícil apresentar mais de dois argumentos (enfoques) relativos ao tema, por essa razão, a Dissertação deve conter 4 parágrafos, sendo UM para Introdução, DOIS para Desenvolvimento e UM para Conclusão;

5. Cada parágrafo deve possuir, no mínimo, dois períodos; Cuidado com as frases fragmentadas, frases siamesas, ambiguidades e os erros de paralelismo;

6. Planejamento é o segredo: delimite o tema, defina o objetivo, selecione as idéias que formarão os enfoques, ordene-os. Coloque no papel a primeira versão de um rascunho.

7. Elabore uma Introdução que contenha, de maneira clara e direta o Tema, o Primeiro Enfoque, o Segundo Enfoque;

8. JAMAIS use etc. nem reticências.

9. Nunca use frases feitas, chavões...

10. Não repita palavras ou expressões. Use sinônimos.

11. Só use exemplos que sejam de domínio público, portanto apenas aqueles que tenham saído na mídia: jornais, revistas, tevê...

12. Jamais converse com o leitor: nunca use você ou tu...

13. Use sempre linguagem formal (padrão), nível culto

14. Muito cuidado com a Língua Portuguesa: acentuação, ortografia, regência, crase, pontuação, concordância...

15. Obedeça rigorosamente aos limites de linhas – nunca menos, nunca mais.

16. Ao separar as sílabas, não deixe apenas uma vogal, iniciando ou terminando, uma linha. Também não termine a sílaba, mesmo que correta, deixando, em cima ou embaixo, um cacófato (som ou palavra desagradável, que se forma de encontro ao som da palavra vizinha).
17. Capriche nos aspectos formais. Apresentação, limpeza, margens, letra. Não invente letras. Coloque pingo sobre os is e os jotas. Não rasure; Prefira palavras curtas e simples. Vocábulos longos e pomposos criam barreiras entre autor e leitor.

18. Coloque título; Mesmo não sendo exigido, coloque. Se houver uma linha específica para título, é obrigatória a sua presença, senão houver uma linha para título, coloque-o na primeira linha e aumente o número mínimo em mais uma e não deixa linha em branco.

19. Mantenha o caráter dissertativo. No desenvolvimento, dê um parágrafo para cada Enfoque selecionado; Empregue os articuladores adequados.

20. Jamais use gírias. Nunca use provérbios, ditos populares;

21. Não utilize a redação para propagar doutrinas ou assuntos polêmicos;

22. Nunca analise temas movido por emoções exageradas – especialmente política, futebol, religião...

23. Não use abreviaturas de qualquer natureza;

24. Fundamente sempre suas idéias. Cuide para não repetir idéias ou palavras.

25. Controle o tempo. Mas não deixe de revisar sua redação. Introdução com tema e enfoques claramente expostos; Veja se os parágrafos contêm tópico frasal e desenvolvimento bem relacionados e com coerência. Analise se cada parágrafo contém mais de um período. Revise a gramática: acentos, pontuação, regência, crase, concordância, colocação pronominal...

sábado, 12 de maio de 2012

DIA DAS MÃES

Quando acordei hoje, pensei logo em  mandar uma mensagem bonita para ti...
Fiquei pensando no que dizer.
Nossa... como é difícil...
Mesmo eu, acostumado com palavras, professor de Redação...
Não consigo formular um roteiro, não consigo montar um bloco de informações, como exijo de meus alunos...
Tudo o que quero é te mandar uma mensagem...
Mas tudo o que escrevo me parece tão óbvio... tão elementar... tão ... tão...
Aqui, no meio da maior floresta do mundo, onde a natureza é extremamente exuberante, eu devia encontrar a inspiração com mais facilidade...
O sol me beija, me acaricia, me esquente (literalmente)...
O vento – raro por aqui – hoje traz um aroma diferente... aroma de mato novo, plantas recentes... sementes que brotaram aqui e ali, transformando o ambiente em um grande espetáculo... É a vida despontando, encantando...
 Fiquei pensando e comparei a ternura daqueles pássaros que passam para lá e para cá, num vozerio, estridente, levando alimento para suas crias, no aconchego de seus ninhos, com o que ocorria em nossa casa quando as crianças corriam de um lado para outro...
Com que ternura, com que carinho, com que desvelo te dedicavas a eles...
Como te envolvias com o que acontecia... e quando um estava triste, com que carinho confortavas,
Doação sem medidas, coragem desenfreada, proteção assegurada...

E, nesse meu devaneio, meu coração ficou apertado por estar longe de ti...
Mas muito feliz por saber que ainda és assim...
Coração que acolhe, mãos que acariciam, braços que apertam...

Mais que ninguém mereces homenagens pelo dia das mães, pela Mãe que foste e que ainda és, mãe que é exemplo, mãe que é guia, mãe que é, simplesmente e verdadeiramente, MÃE...

Nada acontece por acaso... e não é por acaso que teu nome inicia com M..

M          de Mamãe        -         M           de Marília
 
Como não consigo escrever exatamente tudo o que mereces, vou apenas escrever que
te amo mais que tudo nessa vida
e que agradeço a Deus todos os dias por estar contigo esses anos todos...
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Um beijo enorme a todas as MAMÃES...
um carinho especial também àquelas que estão quase sendo mamães ...