quarta-feira, 9 de novembro de 2016

REDAÇÃO UFRGS - 2



 

O QUE É IMPRESCINDÍVEL NA REDAÇÃO DA UFRGS?
Prova de redação da UFRGS é corrigida em duas modalidades: holística e analítica  A prova de redação da UFRGS é corrigida em duas modalidades: holística e analítica. Na primeira, o avaliador leva em conta a forma geral do texto e o impacto no leitor. O segundo avaliador analisa a correção gramatical e as normas de português. Cada um atribui escore entre 0 e 10.
Se os escores atribuídos pelos avaliadores tiverem um distanciamento maior ou igual a 2,5 pontos, considera-se que houve discrepância e a redação é submetida a um terceiro examinador. O resultado final é convertido a um escore entre 0 e 25 (número de questões da prova de língua portuguesa).
 
O QUE É IMPRESCINDÍVEL
• Abordagem do tema – Deve evidenciar a compreensão do tema proposto.
• Definição do ponto de vista – Indica o rumo da reflexão inerente a um texto de caráter dissertativo.
• Contextualização do assunto – Mostra a reflexão articulada sobre dados da realidade, referências a fontes de informação diversificadas, citações, paráfrases ou alusões respondem pela abrangência de uma redação de natureza dissertativa.
• Estruturação – É a divisão hierárquica das partes que compõem o texto e a organização das frases e parágrafos, conferindo progressão e unidade à redação.
• Linguagem – Seleção e utilização adequada, conveniente e apropriada do vocabulário, dos processos de coordenação e subordinação, dos recursos de pontuação, das estruturas da língua escrita padrão e das convenções ortográficas (serão aceitas as novas regras da ortografia).

COMO É AVALIADA A REDAÇÃO?
A Prova
A prova de Língua Portuguesa e Redação incluirá 25 questões de escolha múltipla e uma parte específica que corresponde à Redação. Cada uma das partes representa 50% do escore bruto total da prova de Língua Portuguesa e Redação.
Avaliação
A Prova de Redação será avaliada em duas modalidades - analítica e holística - por examinadores distintos, e cada um atribuirá escores independentes entre 0 e 10. Se os escores atribuídos pelos avaliadores tiverem um distanciamento maior ou igual a 2,5 pontos, considerar-se-á que houve discrepância na avaliação da redação. Nesse caso, a redação será reavaliada por outro examinador, que irá ponderar sobre a propriedade das duas avaliações anteriores, equilibrar e/ou atribuir novo(s) escore(s), para desfazer a discrepância e registrar os novos resultados. Resultado
O resultado final da Prova de Redação será representado pela média dos escores das modalidades analítica e holística e expresso, através de conversão, por um escore entre 0 e 25 (número de questões da Prova de Língua Portuguesa).
Eliminação
Os candidatos eliminados do concurso na pré-classificação não terão sua Redação corrigida.
As regras em vigor estabelecem que serão eliminados os candidatos que:
    * a) não acertarem no mínimo uma questão em cada uma das nove provas constituídas por itens de escolha múltipla;
    * b) atingirem menos de 30% de acertos no total das questões de escolha múltipla das nove provas;
    * c) estiverem ordenados, conforme definido no item 6.1 deste Edital, para o curso de 1 opção ao qual estão concorrendo, em uma posição de ordenamento maior que 4 vezes o número de vagas oferecidas para o referido curso;
    * d) obtiverem em qualquer uma das nove provas escore padronizado igual ou menor do que zero;
    * e) obtiverem escore inferior a 30% do escore máximo na prova de Redação.

A redução de 40% para 30% (prevista no critério 2 acima) implicaria a avaliação de 23.388 redações, conforme detalhado acima, no item 2, p. 14. Enquanto pela exigência de 40% se esperariam menos de 14.000 redações, a exigência de 30% faria aumentar em mais de 9.000 os textos a serem avaliados.
Com essa perspectiva, a UFRGS possibilitou manter sob controle o número de textos a serem avaliados. Esse critério excluiu candidatos que, embora tivessem atendido aos dois primeiros quesitos, continuariam tão longe da classificação que seria impossível obtê-la.
Entretanto, essa mudança de critérios gerou um conjunto de redações de uma população de candidatos diferente do padrão habitual. Com essa medida, a UFRGS esperava um conjunto de textos mais representativo da faixa média, em termos de competência expressiva. O corte reduzido a 30% indicava essa possibilidade, mas, por outro lado, assegurava a presença de candidatos suficientes para atender às vagas em primeira opção, para todos os cursos.

PEÇA POR PEÇA, A ANÁLISE DA DISSERTAÇÃO
O fator Estrutura e Conteúdo constitui uma parte importante da avaliação analítica das redações da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Veja o que é observado em cada um dos itens em que o tópico está dividido:

1 – Ângulo de abordagem:
1.1 – Clareza: Os avaliadores não exigem que o autor apresente a idéia central de sua dissertação logo no primeiro parágrafo. Mas o ponto de vista do vestibulando – o que ele realmente pensa sobre o tema proposto – tem de estar explícito no texto. A redação tem de assumir, efetivamente, uma posição, não ficar em cima do muro.
OBS.: se o texto foge parcialmente do tema proposto, a nota será calculada apenas com metade do peso. Se for identificada uma fuga total do tema, a nota é zero.

1. 2 – Consistência: O texto não pode desviar-se do ponto de vista apresentado. Toda a dissertação tem de girar em torno da posição manifestada, sem contradições. O desdobramento da redação, até a conclusão, deve atender ao que foi anunciado na apresentação do ponto de vista. Os exemplos usados têm de estar relacionados aos argumentos e, este, ao ponto de vista central.

1.3 – Autonomia: O texto tem de revelar esforço pela autoria, apresentar subjetividade e, por consequência, gerar interesse no leitor. A autonomia do texto manifesta-se quando o redator organiza as ideias seguindo seus próprios critérios, não se apegando a modelos prévios ou a lugares-comuns.

2 – Estrutura do parágrafo
A maioria dos parágrafos do texto deverá ter, no mínimo, dois períodos. Mas não há um limite rígido para o numero de linhas do parágrafo. O que é analisado é se cada parágrafo expressa uma idéia completa e se a divisão em parágrafos favorece a progressão do texto, evitando a repetição de afirmações.

3 – Coesão textual
Esse item avalia as relações internas do texto: se a estruturação das orações é adequada à argumentação, se os nexos estão de acordo com a hierarquização das ideias e se o autor se utiliza corretamente dos recursos gramaticais para enriquecer a redação.

4 – Caráter dissertativo
Embora a redação da UFRGS exija a presença de uma narração de experiência pessoal para ilustrar a argumentação, o texto final deve ser predominantemente dissertativo, ou seja, a narração estará a serviço da dissertação. O objetivo da redação é a reflexão, não apenas o relato ou a descrição.
OBS.: redações que apresentam predominância da narração ou da descrição sobre a dissertação são avaliadas com metade do peso. Se o texto é apenas narrativo ou descritivo, sem qualquer característica de dissertação, recebe nota zero.

5 – Competência da argumentação
Os argumentos devem explicar o ponto de vista do autor. São a forma de o redator justificar sua opinião. Um bom teste para identificar a qualidade da argumentação de um texto é perguntar "por quê?" à frase que sintetiza o ponto de vista. Se as respostas aparecerem na redação, a competência da argumentação foi alcançada.

6 – Criticidade
O texto não pode refletir apenas o "umbigo" do autor. Também tem de ser confrontável com a realidade. Esse item avalia a relação lógica entre o texto e a realidade objetiva. Por isso, a reflexão do autor não pode ser alienada. Tem de estar associada ao contexto.

7 – Organicidade
Aqui, o avaliador verifica o uso adequado de processos próprios do conhecimento – comparação, análise, classificação e definição, por exemplo. Estão em jogo a dinâmica da argumentação e o emprego de recursos paralelos à reflexão, como citações, dados estatísticos ou argumentos históricos.

8 – Qualidade estilística
O texto deverá apresentar uma linguagem precisa, com vocabulário rico e, ao mesmo tempo, adequado ao ponto de vista apresentado e ao estilo do autor. O uso de gírias, por exemplo, não é condenado, desde que os termos adotados tenham relação com a ideia central do texto e não signifiquem pobreza de vocabulário.


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