quarta-feira, 9 de novembro de 2016

REDAÇÃO UFRGS - 1





DESCUBRA O CAMINHO PARA MANDAR BEM NA DISSERTAÇÃO DA UFRGS
A folha em branco assusta, são linhas e linhas para preencher, de próprio punho, com a pressão por boas ideias – ou, caso elas desapareçam, que venha pelo menos um raciocínio coerente. Começar respondendo às questões de língua portuguesa ou enfrentar logo o tema da redação?
Cada um escolhe seu processo, mas professores recomendam que o candidato pelo menos escreva algumas ideias de texto antes de partir para as perguntas de português.
O que exigem os avaliadores é simples: compreensão do tema e uma expressão argumentativa bem articulada. As propostas têm variado bastante. Até 2007, temas pessoais eram recorrentes. Mais ou menos como no vestibular deste ano, que questionou os candidatos sobre o seu livro preferido – e exigiu sentenças em primeira pessoa. Um ano antes, a proposta era ligada a uma polêmica do momento: os limites do humor na sociedade.
Diferentemente do Enem, que pede uma proposta de intervenção – ética – para o problema proposto, a UFRGS nem sempre faz essa exigência. Os temas tendem a ser mais sociais, mas o vestibulando precisa estar preparado para qualquer estilo. E há uma vantagem: o comando da redação normalmente tem uma proposta bem clara, sem margem para erros.
– “A UFRGS gosta bastante dessa autonomia. Sempre digo aos meus alunos que o mais importante é treinar todas as possibilidades. Se o tema for social, comportamental ou pessoal, tanto faz. A prática é que vai ajudar a acertar – explica uma, professora de redação de conceituado cursinho.
Praticar e ler bastante
Vale destacar a diferença entre o Enem e a UFRGS na correção das redações. Enquanto o exame nacional tolera alguns erros de grafia, acentuação e pontuação, por exemplo, a federal quantifica os deslizes. Isso quer dizer que, mesmo que, no campo das ideias, o texto esteja bem posto, cada erro, por menor que seja, reduz a nota final.
Embora os textos com nota máxima sejam semelhantes, o Enem favorece os textos medianos, pois a gramática pesa menos. Na UFRGS, os critérios são claros: 50% de estrutura e conteúdo e 50% de gramática. Há uma tabela de pontos descontados para cada tipo de erro.
Os professores incentivam os alunos a escreverem pelo menos três dissertações por semana até o dia da prova. Parágrafos bem desenvolvidos, com frases complexas, se possível relacionando literatura ou história, agradam os avaliadores da UFRGS. Por tudo isso, também é fundamental ser um bom leitor. Segundo os professores, ao pegar a técnica estrutural da dissertação, quem lê bastante dificilmente olhará para as linhas em branco sem encontrar um bom argumento.


Dicas
1. Caderno de provas na mão, vá direto ler o tema proposto para a redação – só não vale esquecer de registrar os dados na folha de respostas. Coloque as ideias no papel.
2. É crucial mostrar que compreendeu o texto. Relacione-o com a realidade e o contexto em que ele se insere, busque na memória fatos relevantes para sustentar o seu posicionamento.
3. Deixe claro que domina o vocabulário e a língua, dentro da norma culta. Evite provérbios, jargões, ditos populares – recursos que pouco acrescentam à argumentação.
4. Não acredite na sua primeira ideia mirabolante. Dá para inovar, mas o desafio é construir uma dissertação, não um poema concreto.
5. Rascunho pronto, parta para a prova de português. Vai que lá no meio esteja uma informação capaz de ajudar? E é sempre bom deixar o texto respirar.
6. Revise antes de passar a limpo. Corrija acentuação, pontuação, concordância, regência e crase. Procure repetições de palavras, abreviações incorretas.

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