quarta-feira, 15 de junho de 2011

A U T O B I O G R A F I A

Monumento Nacional do Imigrante
Monumento Nacional do Imigrante - Caxias do Sul/RS
             Caxias do Sul foi a cidade que me recebeu naquela madrugada do dia 7 de janeiro de 1950. Apesar de a cidade ser muito boa e tranqüila, Porto Alegre, passou a ser minha cidade quando, aos cinco anos de idade, por razões profissionais, meus pais aqui vieram morar.

Vista parcial de Porto Alegre - Rio Guaíba e, do outro lado, a cidade de Guaíba
            Tive uma infância que se pode dizer normal, apesar das dificuldades de uma família de poucas posses. Mãe, pai, dois irmãos e eu morávamos numa rua pacata e calma do bairro Glória. Estudei em escola estadual para fazer o Primário (assim era chamado na época). Para poder ir ao cinema – matinê de domingo, é claro – e trocar gibis – sem necessitar pedir dinheiro ao pai, fazia pequenos carretos com um carrinho-de-mão na feira livre, uma vez por semana, capinava as calçadas da rua para os vizinhos em troca de gorjetas, e realizava outras “atividades” que, com os outros meninos da rua, fazíamos com muita diversão (bons tempos aqueles em que as preocupações eram outras e havia segurança). Depois do primário, fui para uma escola particular para fazer o ginasial – claro, depois de ter feito o temível Exame de Admissão. Foi ali que comecei minha vida política e social desempenhando funções no grêmio estudantil, além de participar da Banda Marcial da escola.


No alto, ao fundo, colégio onde cursei o ginásio e a Igreja N.S. da Glória
             Continuei meus estudos, no colegial, numa das melhores escolas de Porto Alegre. Entre os alunos do segundo ano, fui convidado para lecionar num Curso de Alfabetização de Adultos que a Associação de Pais e Mestres mantinha, à noite, na escola. Nessa mesma época, para poder pagar a mensalidade da escola, fui trabalhar como aprendiz e, aos dezesseis anos, já era funcionário público estadual. Estudava pela manhã, trabalhava à tarde e lecionava à noite.
            Terminado o colegial, eis que surge o grande fantasma – já era fantasma na época – o Vestibular!  Mesmo mantendo minha rotina de estudar, trabalhar e lecionar, prestei vestibular na PUCRS e na UFRGS. – Passei nas duas! Ganhei uma bolsa de estudos e fui estudar na PUCRS. Curso de Letras – Português e Alemão.
            Foi lá, na mesma turma em que eu estava, que conheci uma das mulheres mais bonitas, inteligentes e fascinantes do mundo. Não resisti - casei com ela. Estamos juntos até hoje com a companhia do resultado dessa união: nove lindos e maravilhosos filhos.

Minha paixão - a mulher das minhas vidas...
            Já, no mesmo ano da formatura, fui trabalhar numa das melhores escolas de Porto Alegre. Daí para cá, só fiz aperfeiçoar o que aprendi, e que continuo aprendendo. Trabalhei em universidades, escolas estaduais e particulares, cursinhos de diversos tipos. Fiz pós-graduações, especializações, extensões e tudo o que aparecia.
            Paralelamente a isso, devido às turbulências da vida – e não foram poucas – fui obrigado a ter outros empregos: fui secretário, corretor de imóveis, corretor de seguros, vendedor de livros, instrutor de auto-escola e outros que tais... Desempenhei funções no mundo político como Chefe de Gabinete de deputado estadual e Oficial de Gabinete de secretário municipal. Participei de entidades representativas de classe. Viajei dando palestras, conferências e cursos pelo Brasil afora...
Uma atividade que mais me realizou foi atuar - ainda hoje - no movimento escoteiro, como pai, chefe e, também, como dirigente, sempre desenvolvendo um trabalho voluntário em prol de uma educação de jovens voltada para o desenvolvimento do caráter, de princípios morais e de valores éticos.

Família escoteira
             Pensando em minha aposentadoria – puxa, o tempo passa – resolvi que não podia ficar parado, sem fazer nada, afinal, minha vida foi sempre uma correria e, de repente, parar não seria legal. Foi então que a Psicanálise entrou em minha vida. Fiz o curso antes de me aposentar, ainda dando aulas, fiz análise pessoal, fiz um pós-graduação, me especializei, montei consultório e passei a desenvolver essa fascinante atividade.
            Imagindo já estar tudo acomodado, eis que surge o convite e a oportunidade de fazer  Doutorado... em Manaus/AM – mudança radical: voltei a ser aluno! Para não ficar apenas nisso, voltei à correria: aulas na graduação e pós-graduação de algumas faculdades, em cursinhos e escola de ensino médio, consultório de psicanálise, palestras e cursos, na capital e no interior.
Vista aérea de Manaus
            Continuo, sempre, em busca de novos horizontes e da realização de sonhos, meus e de minha família, procuro ajudar os amigos e as pessoas que me procuram, tudo sempre com fé, amor, dedicação e muita vontade, tendo como lema o que disse Baden Powel: “Tudo o que vale ser feito, vale ser bem feito”.

Encontro das águas do rio Solimões com as do rio Negro formando o AMAZONAS

Um comentário:

  1. Gostei da tua história Pensei até em fazer um tcc, estou no 5 ano de psicologia,autobiográfico. Será que é permitido?

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