sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O VOO DO CONDOR

Este é um texto interessantíssimo que encontrei em minhas andanças pela Internet e que passo a transcrever para que algumas pessoas reflitam suas vidas e algumas de suas atitudes:


        


“O VOO INAUGURAL
 O condor é o maior pássaro do mundo e é conhecido por sua envergadura e por construir seu ninho em penhascos escarpados com altitude próxima a 2000 metros. A mamãe condor cuida de um único filhote que é totalmente dependente até completar um ano, quando, então, o "encoraja" ao seu primeiro voo. O filhote, sem compreender, é atacado por sua mãe recebendo inúmeras bicadas na cabeça até que, atônito, na tentativa de esquivar-se, salvar-se, se lança ao precipício. Sem alternativas – e instintivamente, abre suas asas e é acompanhado por sua mãe em seu voo inaugural. É quando o filhote condor descobre sua autonomia, sua independência. Compreende o mundo sob uma nova perspectiva tornando-se atuante. Desenvolve sua nova competência intrínseca – recém-descoberta – de um pássaro extremamente hábil.
            Assim como os filhotes de condores, muitas vezes, nos prendemos à segurança de nosso “ninho” nos impedindo – ou retardando – a experiência de nosso primeiro voo. É importante ressaltar que, neste caso, o “ninho” tem uma conotação muito mais ampla por referir às situações de acomodação de nosso cotidiano, seja pelo trabalho que não mais gratifica – mas que insistimos em manter, o relacionamento que se faz por conveniência – que fingimos não incomodar, a obrigação determinada por aspectos subjetivos – pelo que é esperado que façamos – e fazemos!
O voo inaugural nos assusta porque duvidamos de nossa capacidade de sustentação, de nos mantermos por nossas asas, de voar mais – e mais alto, com autonomia. Nos colocamos – e assim permanecemos, numa condição de absoluta dependência, autômatos, admirando os que já se lançaram ao voo da autodescoberta.
Portanto, meu amigo, convido-o neste instante a uma reflexão; a observar com acuidade a extensão de suas próprias asas. Veja! Elas cresceram! Que tal experimentá-las? Que tal, a exemplo do condor, se lançar ao seu voo inaugural?
Não entenda o meu convite à reflexão como uma apologia à inconsequência, ao descaso, ao levianismo. Pense apenas sobre aquilo que ainda não sabe por não se permitir. Exerça a sua crítica pela vivência pessoal e não por impressões falaciosas e pelos modelos que sequer você optou – lhe foram impostos!
Acredite em sua capacidade condor. Liberte-se do medo, voe!”

MADJAROF, Paulo. Disponível em: http://www.mundodafilosofia.com.br/psicologia6.html. Acesso em: 10 ago 2012.

(As ilustrações foram colocadas por mim)


 Para ilustrar melhor, acrescento algumas informações sobre essa magnífica ave:

CONDOR-DOS-ANDES

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Ciconiiformes
Família: Cathartidae
Gênero: Vultur
Espécie: V. gryphus

          O condor, ou condor-dos-andes (Vultur gyphus), é uma ave da família dos catartídeos, é o parente andino do urubu. É encontrado normalmente em altitudes acima de 3000 m, mas também frequenta as terras baixas do litoral. Formam bandos de até vinte indivíduos, exceto na época do acasalamento, quando vive aos pares.
            Esta espécie é a maior ave voadora do mundo, pesando até 12 kg, apresentando a terceira maior envergadura do mundo, chegando a 3 m (perdendo apenas para o Marabu, que possui envergadura que chega a 3,5 m e para o Albatroz-errante, que chega a 4 m). Suas asas, longas e largas, permitem ao condor planar, aproveitando as correntes de ar, sendo que é deste modo que muitas vezes ele percorre os céus. Isso faz com que ele gaste menos energia que num vôo ativo, em que necessita bater as asas.
            Possui excelente visão, possuindo a capacidade de localizar a presa a quilômetros de distância. Alimenta-se de carniça e ataca qualquer animal fraco ou doente. No litoral, come cadáveres de grandes mamíferos marinhos lançados à praia pelas ondas. É comum brigarem entre si, a fim de decidir quem primeiro deve fazer sua “refeição”.
           A fêmea do condor procura fazer seu ninho no local mais alto das montanhas. Neste local ela põe um ovo por ano, dificilmente dois, que é incubado por 58 dias. O filhote nasce com penugem branca. Caso haja dois filhotes, estes lutaram até que um caia do ninho; a mãe não interfere nessa luta.
Ele é o símbolo nacional da Colômbia, Equador, Bolívia e Chile, integrando os brasões oficiais desses países. Possuem também um papel de destaque nos mitos e folclore das regiões andinas da América do Sul. São considerados ameaçados de extinção, sendo, por esse motivo, criados programas de reprodução em cativeiro dessa espécie.
Existe uma espécie considerada “prima” do condor-dos-andes, que é o condor-da-califórnia. Este está em extinção.

Fontes:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Colca-condor-c06.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Condor-dos-andes
http://www.naturezaselvagem.hpg.ig.com.br/extincao/condor.htm
Guia Ilustrado – O Mundo dos Animais – Aves I. Editora Nova Cultura, 1990.

In: MELDAU, Débora Carvalho. Disponível em:
http://www.infoescola.com/ aves/condor/. Acesso em: 10 ago 2012.