Monumento Nacional do Imigrante - Caxias do Sul/RS |
Caxias do Sul foi a cidade que me recebeu naquela madrugada do dia 7 de janeiro de 1950. Apesar de a cidade ser muito boa e tranqüila, Porto Alegre, passou a ser minha cidade quando, aos cinco anos de idade, por razões profissionais, meus pais aqui vieram morar.
Vista parcial de Porto Alegre - Rio Guaíba e, do outro lado, a cidade de Guaíba |
Tive uma infância que se pode dizer normal, apesar das dificuldades de uma família de poucas posses. Mãe, pai, dois irmãos e eu morávamos numa rua pacata e calma do bairro Glória. Estudei em escola estadual para fazer o Primário (assim era chamado na época). Para poder ir ao cinema – matinê de domingo, é claro – e trocar gibis – sem necessitar pedir dinheiro ao pai, fazia pequenos carretos com um carrinho-de-mão na feira livre, uma vez por semana, capinava as calçadas da rua para os vizinhos em troca de gorjetas, e realizava outras “atividades” que, com os outros meninos da rua, fazíamos com muita diversão (bons tempos aqueles em que as preocupações eram outras e havia segurança). Depois do primário, fui para uma escola particular para fazer o ginasial – claro, depois de ter feito o temível Exame de Admissão. Foi ali que comecei minha vida política e social desempenhando funções no grêmio estudantil, além de participar da Banda Marcial da escola.
No alto, ao fundo, colégio onde cursei o ginásio e a Igreja N.S. da Glória |
Terminado o colegial, eis que surge o grande fantasma – já era fantasma na época – o Vestibular! Mesmo mantendo minha rotina de estudar, trabalhar e lecionar, prestei vestibular na PUCRS e na UFRGS. – Passei nas duas! Ganhei uma bolsa de estudos e fui estudar na PUCRS. Curso de Letras – Português e Alemão.
Foi lá, na mesma turma em que eu estava, que conheci uma das mulheres mais bonitas, inteligentes e fascinantes do mundo. Não resisti - casei com ela. Estamos juntos até hoje com a companhia do resultado dessa união: nove lindos e maravilhosos filhos.
Minha paixão - a mulher das minhas vidas... |
Já, no mesmo ano da formatura, fui trabalhar numa das melhores escolas de Porto Alegre. Daí para cá, só fiz aperfeiçoar o que aprendi, e que continuo aprendendo. Trabalhei em universidades, escolas estaduais e particulares, cursinhos de diversos tipos. Fiz pós-graduações, especializações, extensões e tudo o que aparecia.
Paralelamente a isso, devido às turbulências da vida – e não foram poucas – fui obrigado a ter outros empregos: fui secretário, corretor de imóveis, corretor de seguros, vendedor de livros, instrutor de auto-escola e outros que tais... Desempenhei funções no mundo político como Chefe de Gabinete de deputado estadual e Oficial de Gabinete de secretário municipal. Participei de entidades representativas de classe. Viajei dando palestras, conferências e cursos pelo Brasil afora...
Uma atividade que mais me realizou foi atuar - ainda hoje - no movimento escoteiro, como pai, chefe e, também, como dirigente, sempre desenvolvendo um trabalho voluntário em prol de uma educação de jovens voltada para o desenvolvimento do caráter, de princípios morais e de valores éticos.
Família escoteira |
Imagindo já estar tudo acomodado, eis que surge o convite e a oportunidade de fazer Doutorado... em Manaus/AM – mudança radical: voltei a ser aluno! Para não ficar apenas nisso, voltei à correria: aulas na graduação e pós-graduação de algumas faculdades, em cursinhos e escola de ensino médio, consultório de psicanálise, palestras e cursos, na capital e no interior.
Vista aérea de Manaus |
Continuo, sempre, em busca de novos horizontes e da realização de sonhos, meus e de minha família, procuro ajudar os amigos e as pessoas que me procuram, tudo sempre com fé, amor, dedicação e muita vontade, tendo como lema o que disse Baden Powel: “Tudo o que vale ser feito, vale ser bem feito”.
Encontro das águas do rio Solimões com as do rio Negro formando o AMAZONAS |
Gostei da tua história Pensei até em fazer um tcc, estou no 5 ano de psicologia,autobiográfico. Será que é permitido?
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